O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) acusou esta quarta-feira o Governo de "hipocrisia" no que diz respeito ao subsídio de risco transitório aos profissionais de saúde.
Em comunicado, a estrutura sindical liderada por Jorge Roque da Cunha refere que, em alguns locais de trabalho, se pretende discriminar negativamente os profissionais de saúde quanto à perceção do subsídio extraordinário de risco acrescido no exercício das suas funções, "o qual lhes é devido enquanto persistir a situação de pandemia da COVID-19".
Segundo esse entendimento, "os profissionais de saúde e, portanto, de entre eles os trabalhadores médicos, apenas seriam elegíveis para auferir aquele subsídio, na modalidade correspondente a 20% da sua remuneração base mensal, se e quando se posicionassem nas condições dos três primeiros números do art. 291.º; não sendo nunca elegíveis para o auferir na modalidade do valor correspondente a 10% da sua remuneração base mensal, quando se encontrem nas condições previstas no nº4 do mesmo preceito, ou seja, sempre que as suas funções não contemplem a prática de atos diretamente e maioritariamente relacionados com pessoas suspeitas e doentes infetados com a COVID-19", lê-se no comunicado.
Assim sendo, denuncia o Sindicato, por cada dia em que um médico especialista com a categoria de assistente na primeira posição remuneratória trabalhe, recebe 9,18 € brutos, dos quais lhe ficam cerca de 5 € líquidos.
"Pobre a esmola", conclui a estrutura sindical.
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