Universidades Seniores denunciam falta de apoio da Segurança Social

O presidente da Rede de Universidades Seniores (RUTIS), Luís Jacob, considera injusta a rejeição da Segurança Social ao pedido de apoio, numa altura em que as instituições sofreram perdas de receitas devido à covid-19.

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Lusa
11/04/2021 09:15 ‧ 11/04/2021 por Lusa

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Covid-19

 

Com a pandemia, as universidades seniores foram forçadas a encerrar e perderam mais de metade dos alunos inscritos, o que provocou uma significativa diminuição das receitas. "A maior parte ficou com zero receitas e, obviamente, corre o risco de fechar", afirmou Luís Jacob, em declarações à agência Lusa.

O presidente da RUTIS prevê que das 368 universidades seniores que constituem a rede, 5% não voltem a reunir condições para reabrirem, acabando por encerrar definitivamente.

Apesar de só em junho ser possível fazer o levantamento exato do número de instituições que vão fechar as portas, já se sabe de algumas universidades seniores que vão encerrar. "Uma é em Gaia, outra é em Lisboa e uma é em Coimbra. São aquelas de que nós já temos conhecimento, para já", confirma o presidente da rede.

Com as dificuldades financeiras, a RUTIS já efetuou vários pedidos de apoio. Em outubro de 2020, foi solicitado um apoio ao Instituto da Segurança Social, que, além de só ter dado resposta em março de 2021, negou o pedido.

"A resposta é que as verbas que existem são apenas para lares de idosos. Não para outros projetos, ou seja, nós ficamos de fora, o que é injusto, assim como os centros de dia e o apoio domiciliário", lamenta Luís Jacob, reiterando que estes serviços também precisam de apoio para a aquisição de equipamentos.

O presidente da RUTIS defende que essa ajuda seria fundamental para a continuidade e manutenção das universidades seniores, que são uma excelente medida de apoio social aos mais velhos.

"Os estudos que nós temos mostram que eles são muito menos deprimidos, têm muito mais saúde, são mais felizes, ou seja, é uma ótima alternativa. Aliás, o grande objetivo das universidades seniores é também evitar a institucionalização das pessoas", afirma Luís Jacob.

Para a reabertura em maio, a Rede de Universidades Seniores está a tentar obter apoios para a aquisição de material de higiene, o que seria uma ajuda significativa, "embora não seja fácil", segundo o presidente da RUTIS.

Entre pedidos de apoio com poucas respostas, no dia 25 de março, a RUTIS foi uma das instituições particulares de solidariedade social vencedoras da 2.ª edição do Mais Ajuda -- programa anual de apoio às comunidades e de resposta a problemas sociais --, cujo prémio se traduz em apoios nas vertentes de divulgação, consultadoria e financiamento, no montante de 33 mil euros.

A Rede de Universidades Seniores também conta com a ajuda de alguns municípios que atribuíram suplementos monetários, como as câmaras da Chamusca e da Póvoa de Varzim, ou como a do Seixal, que está a recuperar um edifício para ser a sede da universidade.

Leia Também: Paragem de aulas das universidades seniores gerou "ansiedade e tristeza"

 

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