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Vacina portuguesa com resultados promissores nos ensaios em animais

Os ensaios pré-clínicos, em animais, da vacina portuguesa contra o novo coronavírus, que está a ser desenvolvida na Immunethep, em Cantanhede, distrito de Coimbra, revelam resultados promissores na capacidade de produção de anticorpos específicos, foi hoje anunciado.

Vacina portuguesa com resultados promissores nos ensaios em animais
Notícias ao Minuto

16:20 - 15/04/21 por Lusa

País Covid-19

Em comunicado enviado à agência Lusa, a biotecnológica Immunethep prevê iniciar nos próximos meses os ensaios clínicos em humanos da vacina SILBA, que tem a particularidade de ser administrada por via intranasal.

Pedro Madureira, cofundador e diretor científico da Immunethep, salienta que, "através destes ensaios clínicos, foi possível confirmar a capacidade de os anticorpos produzidos neutralizarem a propagação do vírus em culturas de células 'in vitro'".

"Os dados obtidos até ao momento são muito promissores e indicadores do potencial desta vacina, uma vez que, através dos dados que se conhecem das vacinas já existentes, anticorpos contra este domínio RBD da proteína Spike, estão associados a uma proteção contra a covid-19", afirma Bruno Santos, cofundador e diretor executivo da Immunethep.

Segundo o responsável, trata-se de "excelentes indicadores para os ensaios de eficácia em curso que se tenciona terminar no final de maio, dando lugar aos ensaios clínicos em humanos".

A vacina em desenvolvimento pela Immunethep atua na prevenção da covid-19 e utiliza o vírus inativado, que "reduz muito a probabilidade de haver novas variantes do vírus SARS-CoV-2 que escapem à vacina".

O comunicado frisa que o facto de a vacina ser de administração intranasal "permite maximizar a imunidade ao nível das mucosas pulmonares, canal preferencial de entrada do vírus no organismo".

"A Immunethep mantém uma parceria com a PNUVAX, fabricante global de vacinas no Canadá e continua a desenvolver esforços para a concretização do investimento necessário por parte das entidades governamentais portuguesas para poder avançar rapidamente para os ensaios clínicos em humanos no segundo semestre do ano, como planeado", refere.

Desde a sua fundação, em 2014, que a Immunethep se tem dedicado ao desenvolvimento de imunoterapias, principalmente contra infeções bacterianas multirresistentes, contando atualmente com 10 colaboradores.

Leia Também: Suspeitas de efeitos secundários das vacinas na UE representam 0,3%

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