"Temos feito tudo". Autarcas de concelhos que recuam lamentam decisão

Há quatro concelhos em Portugal - Moura, Odemira, Portimão e Rio Maior - que, além de não avançarem para a nova etapa de desconfinamento, terão de recuar. Na antena da RTP3, os autarcas mostraram-se contra a decisão anunciada esta quinta-feira por António Costa.

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Notícias ao Minuto
15/04/2021 20:27 ‧ 15/04/2021 por Notícias ao Minuto

País

Covid-19

A terceira fase de desconfinamento arranca na próxima segunda-feira, dia 19, mas não é para todos. Há quatro concelhos em Portugal - Moura, Odemira, Portimão e Rio Maior - que, além de não avançarem para a nova etapa, terão de recuar. 

Álvaro Azevedo, presidente da Câmara Municipal de Moura, falou na antena da RTP3 após ter sido conhecida esta decisão, apontando "ter consciência" de que a situação "não ia ser fácil" para aquele concelho. "Temos vindo a alertar para esse facto. Tínhamos consciência de que estávamos numa situação sensível mas, no entanto, compará-la com a situação de outras cidades com esta forma de cálculo é completamente absurdo", disse.

Os pequenos negócios, sublinhou o autarca, "vivem das pessoas desta terra", dando o exemplo das esplanadas. "Lamento que não tenha sido considerado o esforço destes últimos tempos", afirmou Álvaro Azevedo, revelando que, "ao dia de hoje, Moura tem 17 casos ativos". 

"Nós temos as cadeias de transmissão completamente identificadas e controladas. E não é de hoje. Somos o concelho que mais testou a nível nacional. Temos feito tudo", frisou. Uma medida coerente, defendeu, seria "manterem-nos tal como estamos." "Quem ouve isto pensa que a situação está descontrolada em Moura, o que não é verdade"

Em Rio Maior, o recuo é "um grande retrocesso"

Já o presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Filipe Santana Dias, reagiu, também na RTP3, ao anúncio de António Costa com "alguma tristeza, mas muita determinação em resolver este problema". O município, destacou o autarca, "tem vindo a fazer nestes últimos 15 dias um esforço ainda maior para poder conter novos casos e cadeias de transmissão mas, neste momento, ainda não cumpriu o rácio definido pelo Governo para podermos prosseguir" o desconfinamento. 

De um ponto de vista económico, este recuo é "desastroso", principalmente para "as médias e pequenas empresas que vivem da sua caixa registadora". "É um grande retrocesso".

Destacando o trabalho "hercúleo" da Saúde, Filipe Santana Dias destacou que, "nos últimos 15 dias realizámos mais de três mil testes na nossa população", recordando ainda que o concelho tem cerca de 21 mil habitantes.

De lembrar que estes concelhos irão dar um passo atrás no desconfinamento. Quer isto dizer que "as esplanadas que abriram deixam de poder estar abertas, que as lojas que abriram só poderão funcionar com venda ao postigo, que ginásios, museus, galerias de arte e similares têm de encerrar", afirmou hoje António Costa na declaração ao país após a reunião do Conselho de Ministros.

Leia Também: "Estamos em condições de dar próximo passo na generalidade do território"

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