O terceiro relatório de monitorização das 'linhas vermelhas' da pandemia, divulgado pela Direção-Geral de Saúde (DGS) e o Instituto Ricardo Jorge (INSA), refere que, a manter-se a taxa de transmissibilidade atual, o país atingirá a marca dos 120 casos por 100 mil habitantes em um a dois meses.
O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 70 novos casos, "com tendência estável a crescente a nível nacional", assinala o relatório, divulgado esta sexta-feira.
Quanto ao Rt, este apresenta valores superiores a 1 a nível nacional (1,05) e nas várias regiões de saúde do continente, com exceção da região Lisboa e Vale do Tejo (LVT) (0,96).
Ao nível nacional, destacam as autoridades responsáveis, "observa-se uma redução do Rt, entre 8 e 11 de abril, de 1,08 para 1,01, sugerindo um desacelerar do crescimento da incidência neste período de tempo".
© Relatório DGS/INSA
Em relação ao número diário de casos de Covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente, este "encontra-se atualmente com uma tendência ligeiramente decrescente a estável, encontrando-se abaixo do valor crítico definido (245 camas ocupadas)".
No capítulo da testagem, a nível nacional, "a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 1,6%, valor que se mantém abaixo do objetivo definido de 4%". O relatório destaca que se observou "um aumento do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos 7 dias" e que a proporção de casos confirmados notificados com atraso mantém a tendência decrescente.
Nos últimos 7 dias, de acordo com a informação prestada pela DGS e pelo INSA, "todos os casos de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 foram isolados em menos de 24 horas após a notificação, e foram rastreados e isolados 94,3% dos seus contactos".
Variante do Reino Unido com prevalência de 82,9%
Com base na sequenciação genómica de amostras recolhidas em março, as autoridades estimam que a prevalência de casos de infeção por SARS-CoV-2/Covid-19 em Portugal da variante B.1.1.7 (associada ao Reino Unido) seja, naquele período, de 82,9%.
No mesmo período, foram identificados 54 casos da variante B.1.351 (associada à África do Sul), cuja prevalência, estimada com base na sequenciação, foi de 2,5%.
Relativamente à variante de Manaus, foram confirmados 29 casos, sendo a prevalência foi de 0,4%, o que traduz uma "reduzida circulação no território nacional".
A terminar, o relatório assinala que a análise global dos diversos indicadores sugere uma "situação epidemiológica com transmissão comunitária de moderada intensidade e reduzida pressão nos serviços de saúde". Paralelamente, "verificou-se um ligeiro aumento da transmissão nos grupos etários mais jovens, nas quais o risco de evolução desfavorável da doença é menor".
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