Alunos da Universidade de Aveiro contentes por regressar às salas de aula

Quase três meses depois de ensino à distância imposto pela pandemia de covid-19, os cerca de 17 mil alunos da Universidade de Aveiro (UA) voltaram hoje às salas de aula mostrando satisfação por retomar um pouco da normalidade perdida.

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© Facebook/ Universidade da Madeira

Lusa
19/04/2021 13:35 ‧ 19/04/2021 por Lusa

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Covid-19

 

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"Estou feliz por estarmos todos de regresso e estarmos a tentar voltar à normalidade dentro do possível. Se todos cumprirmos as regras vai correr tudo bem", disse à Lusa Daniela Real, aluna do primeiro ano do Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica, enquanto esperava na fila para realizar o teste rápido à covid-19.

A mesma opinião tem Raquel Santos do primeiro ano da Licenciatura em Administração Pública, que considera que "o regime 'online' não facilita muito o ensino".

Já Giulia Fernandes, aluna do primeiro ano de Design, estava satisfeita pelo regresso às aulas presenciais, mas algo apreensiva com a possibilidade de poder ficar infetada.

"Tenho medo de que as coisas saiam do controlo de repente, principalmente por haver muito contacto entre as pessoas na universidade e nem sempre cumprirem as regras", disse a aluna, que estava a participar numa aula de desenho no exterior.

Apenas alguns metros ao lado, o colega Pedro Oliveira estava mais otimista, acreditando que "vai correr tudo bem", apesar de reconhecer que o ensino 'online' tem alguns aspetos positivos.

"Eu sou de Braga e não tenho de me estar a deslocar a Aveiro todas as semanas. No entanto, o meu curso é muito prático e dá jeito ter acompanhamento pessoal com os professores e não por videochamada", referiu.

O reitor da UA, Paulo Jorge Ferreira, disse que este primeiro dia do regresso às aulas em regime presencial está a decorrer "com normalidade".

"Já vamos tendo prática de fechar e abrir ou de entreabrir. Neste caso, trata-se do regresso ao regime semi-presencial que vigorava antes deste confinamento", disse.

O reitor explicou que o ensino à distância vai continuar para "as componentes que podem ser lecionadas à distância sem prejuízo da qualidade", com exceção dos alunos do primeiro ano, que "têm necessidades mais específicas e que beneficiam mais por estarem presentes nas instalações".

"Consegue-se assim diminuir a pressão sobre as instalações, o número de pessoas por metro quadrado, e criar condições para que tudo possa correr da melhor forma", disse.

A UA mantém as medidas preventivas em vigor antes do confinamento e que, segundo o reitor, "continuam a ser adequadas para a situação".

Entre estas medidas está o distanciamento, o uso obrigatório de máscara, a desinfeção das mãos, os túneis de desinfeção nos sítios críticos, tapetes para a desinfeção do calçado e vigilância das instalações e certificação das práticas por uma empresa multinacional.

O reitor referiu ainda que as universidades "são lugares seguros" e mostra-se confiante com esta reabertura, apelando a que todos sejam "protagonistas de comportamentos de segurança".

"As infeções que temos reportado normalmente têm origem em contexto familiar ou social e não se desenvolve aqui em surtos. Aquilo que eu apelo é que haja um comportamento responsável por parte de todos para que esta reabertura não volte a ter de ser contrariada por um novo fecho, que não é do interesse de ninguém", disse.

Atualmente, a UA tem apenas um único caso ativo de covid-19. Nos testes rápidos realizados a 06 de abril, para todos os alunos e funcionários que estavam presentes nas instalações, não foi registado nenhum caso positivo.

A UA registou um pico de infeções durante a primeira quinzena de janeiro, quando começou o segundo confinamento, tendo somado em três dias consecutivos 43 novos casos.

Desde o início do ano letivo em curso, esta instituição de ensino contabilizou 646 infeções entre alunos, professores e funcionários e uma morte.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.020.765 mortos no mundo, resultantes de mais de 141,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.945 pessoas dos 831.001 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

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