O boletim epidemiológico de monitorização das linhas vermelhas para a Covid-19, da Direção-Geral de Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), desta sexta-feira, revela não só que o R(t) apresenta valores inferiores a 1 a nível nacional, como também que a incidência mais elevada observou-se no grupo etário entre os 30 e os 35 anos e a mais baixa no grupo dos 85 anos.
De acordo com o relatório, o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100.000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 74 novos casos, "com tendência estável a nível nacional".
"A incidência mais elevada observou-se no grupo etário 30 a 35 (122 casos por 100.000 habitantes), enquanto a incidência mais baixa se observou no grupo etário com 85 anos (36 casos por 100.000 habitantes), o que reflete um risco de infeção muito inferior ao risco da população em geral", clarifica a mesma nota.
Quanto ao R(t), este apresenta valores inferiores a 1 a nível nacional (0,98) e nas várias regiões de saúde do continente, com exceção da região do Norte (1,07).
"Considerando o valor de R(t) médio dos últimos 5 dias, que indica uma tendência decrescente, poderá atingir-se a incidência de 60 casos por 100.000 habitantes no prazo de um a dois meses", realça o documento.
O número diário de casos de Covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no território continental "revela atualmente uma tendência ligeiramente decrescente a estável, encontrando-se abaixo do valor crítico definido (245 camas ocupadas)".
Já a proporção de testes positivos, a nível nacional, para o SARS-CoV-2 foi de 1,3%, valor que se mantém abaixo do objetivo definido de 4%. Observou-se um aumento do número de testes para deteção do vírus realizados nos últimos 7 dias e a proporção de casos confirmados notificados com atraso "mantém a tendência decrescente".
O relatório revela ainda que, nos últimos 7 dias, todos os casos de infeção pelo novo coronavírus foram isolados em menos de 24 horas após a notificação, e foram rastreados e isolados 89,3% dos seus contactos.
A variante do Reino Unido continua a ser a mais dominante em Portugal, mas foram identificadas 54 casos da estirpe de África do Sul e confirmados 29 casos da do Brasil, nas amostras recolhidas em março.
Os dados de sequenciação relativos a abril só serão disponibilizados posteriormente.
O relatório termina concluindo que Portugal está, neste momento, perante uma "situação epidemiológica com transmissão comunitária de moderada intensidade e reduzida pressão nos serviços de saúde".
Leia Também: AO MINUTO: 50 mil já agendaram vacinação; UE terá 410 milhões de vacinas