Passagem à quarta fase do desconfinamento é "passo em frente" para Moura

O presidente da Câmara de Moura (Beja) considerou hoje que estão reunidas as condições para que o concelho possa dar "um passo em frente", com a entrada na quarta fase do plano de desconfinamento de Portugal continental.

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Lusa
30/04/2021 15:17 ‧ 30/04/2021 por Lusa

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"Isto permito-nos, de facto, dar um passo em frente, pôr o nosso comércio a funcionar, dar esperança às pessoas porque têm vivido momentos muito conturbados, muito difíceis", disse Álvaro Azedo, em declarações à agência Lusa.

O avanço no desconfinamento "aplica-se à generalidade do território do continente, em 270 dos 278 concelhos do continente", afirmou na quinta-feira o primeiro-ministro António Costa, na conferência de imprensa para apresentação das medidas, após a reunião do Conselho de Ministros.

Entre os 270 concelhos que avançam para a quarta etapa estão Rio Maior e Moura, dois dos quatro concelhos que há 15 dias tinham recuado para a primeira fase, isto porque "tiveram uma grande recuperação", indicou o primeiro-ministro, acrescentando que cinco dos seis concelhos que se mantiveram no segundo nível na última avaliação quinzenal vão agora passar também para quarta fase: Alandroal, Albufeira, Figueira da Foz, Marinha Grande e Penela.

"Nós há 15 dias já vínhamos dando sinais de que a nossa situação não só estava controlada como, paulatinamente e de uma forma muito segura, estávamos a caminhar para a estabilização da situação no concelho de Moura", recordou o autarca.

Álvaro Azedo aproveitou ainda para criticar os critérios de avaliação, considerando-os "absurdos" em relação aos territórios de baixa densidade populacional.

"Nós sempre afirmámos que esses critérios no que toca aos municípios de baixa densidade populacional são absurdos e não deixam de ser absurdos pelo facto de nós termos dado agora um passo em frente", afirmou.

Para o autarca, os tempos que correm são de "muita exigência" para a comunidade, embora encare o futuro "com esperança".

"Estamos satisfeitos com o facto de estarmos numa situação muito estável, mas os tempos são da maior exigência. Hoje estamos nesta situação, mas dentro de uns tempos podemos estar numa situação sensível", alertou.

Álvaro Azedo explicou ainda que o município do distrito de Beja tem procurado alertar a população para a "exigência" dos tempos que correm e que a batalha contra a covid-19 só será ultrapassada se estiverem "unidos".

"Temos de nos manter unidos e, acima de tudo, temos de fazer aquilo que importa fazer em termos comunitários, que é manter todos os cuidados", disse.

Oito concelhos dos 278 existentes em Portugal continental não avançam para a quarta e última fase do atual plano de desconfinamento, a partir de sábado, no âmbito da situação de calamidade devido à pandemia.

Entre os oito concelhos impedidos de prosseguir para a quarta fase estão Miranda do Douro, Paredes e Valongo, que se mantêm no nível em que se encontram, e Aljezur, Resende, Carregal do Sal e Portimão, que recuaram para diferentes etapas, mas que ficam também retidos, ainda que possa ser "por muito pouco tempo", porque o Governo decidiu passar a fazer uma avaliação semanal, segundo o primeiro-ministro.

O concelho alentejano de Odemira também integra o grupo de municípios que não avançam para a última fase do desconfinamento, tendo o executivo decretado uma cerca sanitária às freguesias de São Teotónio e de Almograve, devido à elevada incidência de casos de covid-19, sobretudo em trabalhadores do setor agrícola.

No entanto, às restantes freguesias deste concelho alentejano aplicam-se as regras previstas na quarta fase do plano de desconfinamento, em vigor a partir de sábado.

António Costa alertou ainda que há 27 concelhos que devem estar alerta, porque registam uma taxa de incidência da covid-19 superior a 120 casos por 100 mil habitantes, pelo se tiveram uma segunda avaliação negativa podem ficar retidos ou recuar no plano de desconfinamento.

Leia Também: Indignação, tristeza e revolta na cerca sanitária em Odemira

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