"No total, verificámos que existiam 90 quilómetros de levadas obstruídas pela precipitação intensa que desencadeou desmoronamentos e os canais ficaram de tal maneira obstruídos que a água não passa", disse a secretária regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas da Madeira.
Susana Prada deslocou-se hoje, na companhia do presidente da Águas e Resíduos da Madeira, Amílcar Gonçalves, a S. Vicente, no norte da ilha da Madeira, para visitar as obras de recuperação da levada dos Cardais, que tem "cinco quilómetros de extensão e vai custar 160 mil euros".
Mas, esta obra "insere-se numa empreitada bastante maior que foi lançada na sequência dos temporais de dezembro e janeiro de 2020", realçou.
A governante mencionou que, devido a estes temporais, foram detetadas levadas obstruídas "em cinco municípios da região, nomeadamente, S. Vicente, Santana, Machico, Santa Cruz e Funchal".
"A precipitação intensa desencadeou desmoronamentos e os canais ficaram de tal maneira obstruídos que a água não passa", reforçou, sublinhando ser urgente resolver a situação porque "o período de rega começa agora em maio".
Por isso, salientou, o Governo Regional lançou "uma empreitada grande, de 3,4 milhões de euros, para em primeiro lugar rapidamente desobstruir os canais e fazer com que a água chegue aos terrenos agrícolas".
Este projeto inclui também a recuperação dos muros de suporte e dos açudes de captação de água, precisou.
"Para já, até ao fim do mês vamos desobstruir as levadas, a água vai chegar aos agricultores", destacou, assegurando que o objetivo é "fazer que com que chegue água e vai chegar, até junho, aos agricultores destas zonas afetadas".
A governante insular adiantou que "depois, nalguns casos em simultâneo", serão feitas as obras de betão, perspetivando que "antes do fim do verão deverão estar recuperadas as captações e os muros de suporte.
Mas, é "a desobstrução das levadas que é urgente realizar para os lavradores poderem regar", concluiu.