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"Estamos numa zona onde risco é mais significativo que há duas semanas"

No final de mais um Conselho de Ministros, o Governo alerta que Portugal está agora "numa zona onde o risco é claramente mais significativo". Lisboa entrou em situação de alerta e, aos olhos do Executivo, é "motivo de preocupação".

"Estamos numa zona onde risco é mais significativo que há duas semanas"
Notícias ao Minuto

16:39 - 27/05/21 por Filipa Matias Pereira com Lusa

País Covid-19

No final de mais um Conselho de Ministros, que se realizou esta quinta-feira, a ministra Mariana Vieira da Silva fez um ponto da situação pandémica no país, considerando que Portugal está "numa zona onde o risco é claramente mais significativo do que era há duas semanas". 

"Temos neste momento um nível de incidência de 54,4 e, no que diz respeito à velocidade de transmissão (Rt), temos 1,07. Depois de semanas com o Rt abaixo de 1, temos neste momento um valor acima de 1. Estamos numa situação de transição entre a zona verde e a zona amarela, uma zona onde o risco é claramente mais significativo do que era há duas semanas", frisou a ministra de Estado e da Presidência. 

De acordo com a governante, esta realidade determina que seja necessário "tomar medidas de precaução", apesar de "continuarmos numa zona de baixa incidência". 

Quem avança e quem recua?

Quanto à evolução dos concelhos no nível de desconfinamento, há dois que recuam face ao nível de confinamento em que estavam, nomeadamente Arganil e Golegã. Na mesma situação em que estavam ficam os concelhos de Montalegre e de Odemira. 

Lamego recebe 'luz verde' para avançar para o nível de desconfinamento do resto do país. 

Quer isto dizer que temos neste momento três concelhos com as regras que se aplicavam a 19 de abril, Golegã, Montalegre e Odemira e um concelho ao qual se aplicam as regras de 5 de abril, Arganil. 

Lisboa em alerta é "motivo de preocupação"

Mariana Vieira da Silva esclareceu ainda que entram em "alerta quatro concelhos, continuam em alerta três concelhos e saem de alerta seis concelhos. Estes valores continuam a indiciar que a grande maioria do território nacional se encontra numa situação de baixa incidência. Tal como na semana passada, todos os concelhos, com exceção de quatro (274 do território nacional) têm hoje as mesmas regras de incidência, de 1 de maio".

Durante esta semana, seis concelhos recuperaram e deixam de estar em situação de alerta. São eles: Albufeira, Castelo de Paiva, Fafe, Lagoa, Oliveira do Hospital e Santa Comba Dão.

Passam a estar numa situação de alerta os concelhos Chamusca, Lisboa, Salvaterra de Magos e Vale de Cambra, e mantêm-se os concelhos de Tavira, Vila do Bispo e Vila Nova de Paiva.

A ministra com a pasta da Presidência deixou ainda um alerta especial à região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), que "continua com níveis de incidência crescentes e esses níveis de incidência são motivo de preocupação". 

Com efeito, o Governo aprovou "um conjunto de medidas que passam essencialmente pela aceleração dos testes que já estavam previstos, pela realização de testes em pontos específicos onde foram identificados casos, de forma a acelerar os isolamentos e conseguirmos controlar a pandemia". 

Para a ministra de Estado e da Presidência, a mensagem principal está na evolução da matriz de risco.

"O mais importante agora é olharmos para a matriz de risco, vermos que nos estamos a aproximar do amarelo e estando-nos a aproximar do amarelo enquanto país temos de reforçar os nossos cuidados", apelou.

O aviso de Mariana Vieira da Silva foi claro: "Estando os casos a crescer nestas regiões, ou conseguimos controlar a pandemia ou sabemos que o caminho é sempre de maiores dificuldades".

"Queria deixar aqui um apelo: quando temos o Rt acima de 1, o que isso significa é que os casos estão a crescer, é que temos que estar mais atentos, temos que estar ainda mais respeitadores de todas as regras, atentos a sintomas e cumprir ainda com mais força as medidas de saúde pública", pediu.

Saliente-se ainda que o Conselho de Ministros aprovou hoje uma resolução que prorroga a situação de calamidade até às 23h59 do dia 13 de junho, considerando os dados da incidência. 

[Notícia atualizada às 18h24]

Reveja aqui a conferência de imprensa: 

[Notícia atualizada às 17h10]

Leia Também: Desconfinamento. Que concelhos seguem 'em frente' e quais voltam 'atrás'?

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