O "regresso à normalidade" é defendido pelo Sindicato Nacional Ensino Superior (SNESup) que, em comunicado, justifica a sua posição com base na evolução do programa de vacinação contra a covid-19 e dos casos de infeção.
O SNESup "não encontra qualquer justificação para que a partir de setembro/outubro todas as atividades letivas -- aulas teóricas, práticas, teórico-práticas e avaliações - não decorram de forma presencial", defende o sindicato no comunicado.
A posição foi assumida de forma unânime pelos docentes do Ensino Superior durante a última reunião do Conselho Nacional do SNESup.
Os docentes entendem que "o risco de surtos ou de novos casos será residual", tendo em conta as regras de segurança e higiene introduzidas nas instituições de ensino superior, a vacinação da maior parte dos professores e funcionários e até, de alguns alunos, até ao início do próximo ano letivo.
O SNESUp recorda os efeitos da pandemia nos dois últimos anos letivos, que obrigaram a recorrer ao ensino à distância generalizado, sublinhando que "mais de metade das licenciaturas -- que na esmagadora maioria têm a duração de três anos letivos - foram realizadas sem o contacto presencial entre alunos e professores, através de um ecrã de computador".
Para os professores do ensino superior, este modelo terá "graves repercussões na formação desta geração de estudantes", uma vez que nada substitui o contacto entre os alunos e os docentes em sala de aula.
O sindicato recorda ainda que todos os cursos que passaram pelo crivo da Agência de Avaliação e Acreditação (A3ES) foram acreditados com base no ensino presencial e não no modelo de ensino à distância.
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