"O nosso objetivo principal é darmos acolhimento a pessoas sem-abrigo ou em risco de exclusão social e habitacional e ajudá-las, para que deixem apenas de sobreviver e possam viver com outras condições", apontou João Silva, técnico de ação social responsável pelo projeto.
Com a denominação "CASA Solidária", esta iniciativa surge no âmbito de um protocolo com a Segurança Social e contará com dois apartamentos, onde as pessoas serão acolhidas temporariamente, ao mesmo tempo que são integradas num programa de acompanhamento e inserção social.
Já com três beneficiários instalados, o projeto poderá ter, em simultâneo, até dez pessoas, sendo que cada uma não deve permanecer no espaço mais do que seis meses.
Durante esse período, as pessoas serão ajudadas a "reconquistar" capacidades, competências e condições de autonomia.
Depois disso, deverão dar lugar a outras, que também darão lugar a outras, de modo a que o projeto possa abranger um maior número de pessoas.
"Vamos acompanhar cada uma dessas pessoas, trabalhar com elas competências que possam ter perdido durante o processo que as levou à situação de sem-abrigo. Naturalmente, iremos trabalhar as competências profissionais que possam ter, bem como ajudá-las a procurar emprego e a traçar objetivos e um plano de vida", acrescentou.
João Silva referiu ainda que os critérios de seleção de cada candidato já foram partilhados com o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo de Coimbra (NPISA) para que as entidades que o integram possam ajudar a sinalizar pessoas com necessidade de apoio nesta área.
O Centro de Apoio ao Sem-Abrigo é uma "associação sem fins lucrativos, que promove ações de solidariedade social, com apoio em alimentação e alojamento, para sem-abrigo, crianças, adolescentes e idosos socialmente desfavorecidos, vítimas de violência ou maus-tratos, independentemente da sua nacionalidade, credo religioso, política ou etnia".
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