"CASA Solidária" acolhe pessoas sem-abrigo em Coimbra

O Centro de Apoio ao Sem-Abrigo (CASA) de Coimbra está a implementar um projeto que vai dar temporariamente casa a pessoas sem-abrigo e que procurará ajudá-las a sair da rua permanentemente, disse à agência Lusa o responsável pelo projeto.

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Lusa
21/06/2021 09:29 ‧ 21/06/2021 por Lusa

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Sem-abrigo

"O nosso objetivo principal é darmos acolhimento a pessoas sem-abrigo ou em risco de exclusão social e habitacional e ajudá-las, para que deixem apenas de sobreviver e possam viver com outras condições", apontou João Silva, técnico de ação social responsável pelo projeto.

Com a denominação "CASA Solidária", esta iniciativa surge no âmbito de um protocolo com a Segurança Social e contará com dois apartamentos, onde as pessoas serão acolhidas temporariamente, ao mesmo tempo que são integradas num programa de acompanhamento e inserção social.

Já com três beneficiários instalados, o projeto poderá ter, em simultâneo, até dez pessoas, sendo que cada uma não deve permanecer no espaço mais do que seis meses.

Durante esse período, as pessoas serão ajudadas a "reconquistar" capacidades, competências e condições de autonomia.

Depois disso, deverão dar lugar a outras, que também darão lugar a outras, de modo a que o projeto possa abranger um maior número de pessoas.

"Vamos acompanhar cada uma dessas pessoas, trabalhar com elas competências que possam ter perdido durante o processo que as levou à situação de sem-abrigo. Naturalmente, iremos trabalhar as competências profissionais que possam ter, bem como ajudá-las a procurar emprego e a traçar objetivos e um plano de vida", acrescentou.

João Silva referiu ainda que os critérios de seleção de cada candidato já foram partilhados com o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo de Coimbra (NPISA) para que as entidades que o integram possam ajudar a sinalizar pessoas com necessidade de apoio nesta área.

O Centro de Apoio ao Sem-Abrigo é uma "associação sem fins lucrativos, que promove ações de solidariedade social, com apoio em alimentação e alojamento, para sem-abrigo, crianças, adolescentes e idosos socialmente desfavorecidos, vítimas de violência ou maus-tratos, independentemente da sua nacionalidade, credo religioso, política ou etnia".

Leia Também: Seis sem-abrigo portugueses morreram nas ruas de França em 2020

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