Task force recusa acelerar vacinação nos concelhos mais preocupantes

Vice-almirante Gouveia e Melo defende que "não é uma boa estratégia deixar bolsas por vacinar".

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© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

Tomásia Sousa
24/06/2021 12:35 ‧ 24/06/2021 por Tomásia Sousa

País

Covid-19

O coordenador da task force para a vacinação, o vice-almirante Gouveia e Melo, recusou, esta quinta-feira, a possibilidade de acelerar a vacinação nos concelhos com maior taxa de incidência, considerando que essa "não é uma boa estratégia.

"Se nós vacinarmos mais uma área que outra, o vírus vai procurar a área menos vacinada. Por isso não é uma boa estratégia deixar bolsas por vacinar", refere.

De visita à Madeira, onde está para assinalar a inoculação 200 mil, Gouveia e Melo explica que é "normal" que regiões como Lisboa e Algarve tenham vacinado menos até agora, uma a prioridade inicial foi a faixa etária acima dos 60 anos e a população nesses locais é mais jovem.

"Como já passámos para baixo dessa faixa etária, a nossa preocupação agora é ter toda a gente, proporcionalmente, vacinada. Porquê? Porque o vírus é oportunista", declarou.

Processo de vacinação está com o "acelerador a fundo"

"Nós estamos com o acelerador a fundo, não conseguimos acelerar mais porque, para a acelerar mais, é preciso haver mais vacinas. E as vacinas não dependem de nós", disse o vice-almirante durante a visita a um centro de vacinação na Madeira.

E reforçou: "Todas as vacinas que chegam a território nacional são imediatamente inoculadas, havendo uma reserva mínima que tem de ser mantida para as segundas doses e para, se houver uma falha de fornecimento, não comprometermos as segundas doses."

"Esta última semana vacinámos, praticamente todos os dias, acima de 100 mil pessoas por dia", referiu. "No entanto, essa capacidade - que existe - depende do número de vacinas. Se houver uma redução das entregas ou se, por algum motivo, houver uma limitação à utilização de certo tipo de vacinas, isso tem um impacto imediato."

"Não fazemos milagres. O milagre que pudemos fazer e que estava dependente de nós era ter a capacidade de administrar a vacina. Esse já temos", garantiu.

No caso da Madeira e dos Açores, Gouveia e Melo explica que o que está a ser feito é "um reforço" nas zonas ultraperiféricas, que têm mais dificuldades em termos de assistência hospitalar e, portanto, onde há um "risco acrescido" em caso de surto.

"Neste caso, neste arquipélago, é o Porto Santo", exemplificou.

Sobre a antecipação da toma da segunda dose da AstraZeneca, o responsável apelou a quem ainda não foi contactado que aguarde esse contacto, em vez de se dirigir a um centro de vacinação. Até ao final da semana, todas as pessoas em causa deverão ser chamadas.

"Estamos a organizar o processo. E essa organização não é imediata", justificou o vice-almirante. "Em princípio até ao fim desta semana temos o processo a correr sobre carris. Só que demoramos dois ou três dias."

[Notícia atualizada às 12h57]

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