Lisboa juntou-se a Sesimbra e deu um passo atrás no processo de desconfinamento por estar em "risco muito elevado", com uma taxa de incidência de covid-19 superior a 240 casos por cem mil habitantes nos últimos 14 dias.
Os restantes 16 municípios da AML encontram-se em "risco elevado" de incidência da covid-19, por terem 120 casos por 100 mil habitantes.
São eles Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.
Na semana passada, Sesimbra já estava em risco muito elevado, Lisboa, Cascais e Sintra estavam em risco elevado e os restantes 14 concelhos estavam em "alerta".
Tal como no passado fim de semana, entre estes 18 concelhos pode-se circular à vontade.
No entanto, será proibido circular para fora desta área entre as 15:00 de sexta-feira e as 06:00 de segunda-feira.
Os concelhos que limitam a fronteira da AML com as regiões vizinhas são os de Mafra, Loures e Vila Franca de Xira, que ligam a Norte com a região Oeste, e os de Setúbal, Palmela, Montijo e Alcochete, que a Sul ligam com o Alentejo.
No próximo fim de semana, por exemplo, quem sair de Lisboa para Norte pela A8 -- Autoestrada do Oeste, terá de sair no nó de Enxara do Bispo (Mafra), junto ao vizinho concelho de Sobral de Monte Agraço e no limite do concelho de Mafra (e da AML), enquanto que, pela A1, que liga Lisboa ao Porto, o Carregado já fica em Alenquer e, portanto, fora da AML.
Na direção ao Algarve, quem não quiser sair dos limites metropolitanos terá de sair na Marateca (Palmela, ainda na AML).
Esta semana, segundo a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, o Governo decidiu manter um conjunto de exceções para esta proibição, mas acrescentou outra forma de passar os limites metropolitanos, que é ter um certificado digital ou um teste negativo à covid-19.
Segundo a ministra, o teste válido a apresentar, caso seja pedido pelas autoridades, é o de PCR (feito nas últimas 72 horas) ou de antigénio feito nas últimas 48 horas (autotestes não servem).
Em alternativa, pode ser apresentado o certificado digital que está disponível no 'site' do Serviço Nacional de Saúde (SNS), e que contém os dados em como o utente tem a vacinação completa ou em como recuperou da doença.
Na semana passada existiam 18 exceções admitidas para entrar e sair da AML ao fim de semana.
Entre elas estavam "motivos de saúde" ou "outros motivos de urgência imperiosa" e deslocações para trabalhar, atestadas por declaração da entidade empregadora ou uma declaração emitida pelo próprio no caso dos trabalhadores independentes.
Os profissionais de saúde no exercício da sua função não precisavam de qualquer declaração para passar a fronteira da AML, assim como trabalhadores de lares e instituições de apoio social, pessoal docente e não docente, agentes de proteção civil, das forças de segurança, militares, pessoal civil das forças armadas e inspetores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), titulares de órgãos de soberania, dirigentes de partidos políticos representados no parlamento, ministros de culto e pessoal de missões diplomáticas e consulares, desde que se encontrassem a desempenhar funções oficiais.
Menores e acompanhantes podiam deslocar-se para cumprir a regulação do poder paternal e, tal como estudantes do ensino superior e utentes idosos, podiam ir para estabelecimentos escolares, atividades de tempos livres e centros de dia ou realizar provas e exames.
Os cidadãos, assim como os advogados e os solicitadores, podiam deslocar-se para participar em atos processuais junto de entidades judiciárias ou se fossem a um serviço de atendimento público agendado.
Podia ainda circular quem se deslocasse para fora do país, nomeadamente através do aeroporto, assim como quem precisasse de ultrapassar as fronteiras metropolitanas para se deslocar para o local de residência.
Segundo o Governo, as medidas pretendem "a contenção" da variante 'delta' do coronavírus no resto do país, uma vez que a sua incidência é maior na AML, devido a vários fatores.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos 3.893.974 vítimas em todo o mundo, resultantes de mais de 179.516.790 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.079 pessoas e foram confirmados 869.879 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.