Comandante nacional manifesta confiança no dispositivo de combate

O comandante nacional de emergência e proteção civil manifestou hoje confiança no dispositivo de combate a incêndios florestais e garantiu que todos os operacionais, mesmos os bombeiros voluntários, têm uma capacidade de atuação e formação idêntica.

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Lusa
01/07/2021 09:03 ‧ 01/07/2021 por Lusa

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Incêndios

 

 

"Gostava de passar aqui uma mensagem de confiança naquilo que é o dispositivo, é um dispositivo colaborativo e um dispositivo que está habituado a colaborar entre as diferentes entidades. É um dispositivo assente exatamente naquilo que tem a ver com a direção única de comando das operações e a coordenação institucional feita através dos centros de coordenação operacional distritais e obviamente do centro de coordenação operacional nacional", disse André Fernandes, em entrevista à agência Lusa.

O comandante nacional, que está no cargo desde dezembro, observou que é um sistema com "muitas entidades", sendo preciso existir "esta coordenação".

Destacando "a ação e a conduta dos operacionais" das diferentes forças que estão no terreno, o mesmo responsável enalteceu os corpos de bombeiros, que são aqueles que dão o maior número de meios no combate aos incêndios.

"Os corpos de bombeiros estão presentes no território, estão capacitados, quer seja para responder às ocorrências do ponto de vista do despacho de meios em articulação com os comandos distritais, mas acima de tudo na sua capacidade de direção estratégica das ocorrências e do comandamento das mesmas", frisou.

O comandante nacional de emergência e proteção civil deu conta do reforço feito nos últimos anos nos corpos de bombeiros, nomeadamente através do aumento do número de Equipas de Intervenção Permanente (EIP), um dispositivo profissional que existe em permanência nos bombeiros voluntários.

Segundo André Fernandes, este ano foram protocoladas mais 60 EIP, num total de 391 equipas nos corpos de bombeiros.

Além das EIP, o reforço dispositivo de combate aos fogos é também compostos pelas equipas de combate a incêndios (ECIN) e pelas equipas de logística de apoio ao combate (ELAC) existentes nas corporações de bombeiros voluntários.

Entre 01 de julho e 30 de setembro são mais de 1000 os bombeiros voluntários que integram o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR).

O comandante destacou as capacidades dos bombeiros, que têm capacidades idênticas e a mesma formação dos restantes operacionais.

"Eu nem olho tanto para a ótica do ser voluntário ou não ser voluntário. São bombeiros e, portanto, todos eles têm a mesma capacidade de atuação e têm a mesma formação. Para ocupar estes postos têm que ter obrigatoriamente a mesma formação e têm que ser providos por concurso interno no corpo de bombeiros", sustentou.

O comandante assegurou que os operacionais envolvidos no combate, quer sejam voluntários ou profissionais, "têm a formação e estão capacitados para exercer a função de bombeiro".

Nesse sentido, avançou que, depois dos incêndios de 2017 e das falhas identificadas, tem sido feita "uma especialização através da qualificação dos combatentes das diferentes forças".

No entanto, ressalvou que "já havia formação anteriormente", mas a partir de 2017 a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil olhou para os relatórios feitos na altura e direcionou a formação para algumas áreas que eventualmente estariam mais atrasadas.

"Demos aqui de facto este avanço e esta importância, nomeadamente na segurança e comportamento do incêndio rural que é fundamental para os operacionais perceberem exatamente se estão ou não em segurança e depois também esta questão das operações aéreas que é fundamental para poder rentabilizar da melhor maneira aquilo que é o apoio aéreo no combate aos incêndios", disse.

O comandante realçou que "os aviões ou as aeronaves só por si não apagam incêndios, mas são uma peça fundamental, mas para isso é preciso ter pessoas formadas e com capacidade para poder garantir e rentabilizar o empenho destes meios".

Os meios de combate são hoje reforçados e para a fase que é conhecida como a mais crítica de incêndios, que se prolonga até 30 de setembro, vão estar no terreno 12.058 operacionais, 2.795 equipas, 2.656 veículos e 60 meios aéreos.

Leia Também: Três em quatro bombeiros têm a vacinação completa

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