Medidas "equilibradas" e com "grande esforço de colagem à realidade"

Marcelo Rebelo de Sousa está, esta sexta-feira, em Vila Flor, Bragança, para participar na homenagem a Camilo Mendonça. O PRR e as medidas ontem reveladas pelo Governo para combate à pandemia foram temas abordados pelo Presidente da República.

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Notícias ao Minuto
09/07/2021 18:20 ‧ 09/07/2021 por Notícias ao Minuto

País

Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo Rebelo de Sousa está, esta sexta-feira, em Vila Flor, Bragança, para participar na homenagem a Camilo Mendonça, e, em declaração aos jornalistas, teceu comentários sobre o Plano de Resiliência (PRR), apontando que este "foi feito em contrarrelógio, em seis meses, quando ainda se pensava que a pandemia durava até ao fim do verão passado, com as contas correspondentes e com o dinheiro correspondente".

O Presidente da República recordou que este documento "teve de ser negociado palmo a palmo com a Comissão Europeia" e "obrigou, naturalmente a reformulações ou, se quiserem, a aditamentos, em que o primeiro-ministro teve um papel muito importante".

Isto porque, acrescentou, a Europa "apontava para certas prioridades: a transição energética, a transição digital, as qualificações, a saúde - claro -, mas, depois, cada país tinha de tentar enquadrar aí realidades suas". 

No fim, lembrou Marcelo, "foi possível encontrar para a Cultura um espaço que no início não havia, ou para certas realidades sociais ou institucionais". 

Para o Presidente é, assim, "natural que haja quem entenda que o PRR, por si só, devia ser uma realidade diferente daquilo que pode ser". "Por isso tenho dito que se deve juntar o PRR ao Quadro Financeiro Plurianual. O dinheiro que vamos receber durante sete anos, Orçamento a Orçamento, é mais do que o dinheiro que vamos receber correspondente ao PRR. Tem de se somar as duas realidades", afirmou. E, fez ainda questão de salientar, este valor "não tem as limitações do PRR".

Para o Presidente da República, "as pessoas têm de ter a noção de que não há planos ideais, mas é o plano que temos e que temos de executar o mais possível" e "da melhor maneira", com a "clareza que seja possível"

Más relações com o primeiro-ministro? 

Outro tema abordado por Marcelo Rebelo de Sousa foi o estado atual da sua relação com António Costa. Começando por garantir que "não comenta comentadores", o chefe de Estado recordou que, "ainda ontem acertámos que houvesse, no dia 27, uma sessão epidemiológica"

Em relação às medidas tomadas esta quinta-feira pelo Governo - que pode recordar neste artigo - o Presidente da República revelou que lhe pareceram "muito equilibradas" e "até fazendo um grande esforço de colagem à realidade"

"Há aqui passos que são dados no mesmo sentido, em convergência, como é natural, na pandemia. Enfrentar a crise pandémica exige convergência", garantiu.

Impõe-se uma remodelação governamental? 

Questionado pelos jornalistas sobre a pressão que tem existido para haver uma remodelação no Governo, Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se a comentar o tema: "O Presidente da República não tem de ter opinião sobre essa matéria. Isso é uma opinião que compete ao primeiro-ministro".

O chefe de Estado terminou, afirmando que António Costa é "quem sabe o Governo que, em cada momento, ao longo da legislatura, escolhe para cumprir a missão"

[Notícia atualizada às 18h43]

Leia Também: Haiti. Marcelo Rebelo de Sousa condena assassínio do presidente Moïse

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