Ocupação em UCI nas regiões de Lisboa e Algarve "muito próxima" do limite

Com a variante Delta a representar "89,1% dos casos" registados nas últimas semanas, o relatório de Monitorização das Linhas Vermelhas alerta, esta sexta-feira, para a "pressão dos cuidados de saúde", nomeadamente a ocupação dos Cuidados Intensivos e nas regiões LVT e Algarve.

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Ana Lemos
09/07/2021 20:15 ‧ 09/07/2021 por Ana Lemos

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Linhas Vermelhas

Acaba de ser divulgado o relatório de Monitorização das Linhas Vermelhas, que dá conta de que se mantém uma "tendência crescente" da pandemia a nível nacional, com "o número de novos casos de infeção por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, de 287 casos".

Quanto ao valor do índice de transmissibilidade (Rt) "apresenta valores superiores a 1 ao nível nacional (1,18) e em todas as regiões de saúde", apesar de uma "tendência (...) mais acentuada nas regiões Norte e Alentejo, que apresentam um Rt de 1,34 e 1,26 respetivamente".

Perante este cenário, pode ler-se, estima-se que "o tempo até que as restantes regiões atinjam" o limiar de 240 casos/100 mil habitantes na taxa de incidência acumulada a 14 dias "seja inferior a 15 dias".

Destaque para outro motivo de preocupação. O número diário de internamentos em unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou "uma tendência crescente, correspondendo a 56% (semana passada 46%)". Sendo que, a situação nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e Algarve "está muito próxima ou acima dos limiares de ocupação em UCI" dos limites definidos com 'vermelhos'.

Ultrapassada foi também "a proporção de testes positivos" que foi de "4,5% (semana passada 3,2 %), valor que passou o limiar definido de 4%", tendo, aliás, sido observado "um aumento do número de testes (...) nos últimos sete dias - como também a ministra da Saúde revelou esta semana no Parlamento.

No caso das variantes, a Delta (B.1.617.2) continua a ser a "variante dominante em todas as regiões", tendo alcançado já "uma frequência relativa de 89,1% dos casos, na semana 25 (21 a 27 de junho) em Portugal".

Com bases nestes indicadores, concluem a Direção Geral de Saúde (DGS) e o Instituto Nacional Ricardo Jorge (INSA), que é de "elevada intensidade e tendência crescente, disseminada em todo o país - atualmente com maior impacto nas regiões de LVT e Algarve -", a incidência da pandemia, verificando-se, em consequência, "um aumento gradual na pressão dos cuidados de saúde", em especial nas "regiões LVT e Algarve".

[Notícia atualizada às 21h22]

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