O Infarmed alertou, esta terça-feira, que o medicamento que contém tocilizumab, 162 mg/0.9 ml, solução injetável em caneta ou seringa pré-cheia, para administração subcutânea (Roactemra) vai sofrer dificuldades de abastecimento entre julho e dezembro de 2021.
A dificuldade do abastecimento deste fármaco indicado para artrite reumatóide é motivada pelo aumento da utilização da substância ativa, indica a Autoridade Nacional do Medicamento.
De acordo com o regulador português, "o medicamento está indicado e financiado para o tratamento da artrite reumatóide, encontrando-se em vigor um Programa de Acesso Precoce (PAP) no âmbito de autorizações de utilização excecional para a arterite das células gigantes".
Com efeito, o Infarmed adverte que, para garantir o acesso ao medicamento pelos doentes que não tenham alternativas, torna-se imperiosa "a gestão criteriosa dos stocks disponíveis".
O regulador português recomenda, por isso, que a "prescrição destes medicamentos seja reservada à continuação de tratamentos, devendo a decisão clínica de início de tratamento ser contextualizada em ausência de alternativas no arsenal terapêutico disponível (aplicável, por exemplo, aos doentes passíveis de serem enquadrados no PAP em vigor para a arterite das células gigantes)".
Já quanto à dispensa, é recomendado que sejam "apenas cedidas as quantidades necessárias para um mês de tratamento".
Se eventualmente for necessária a alteração da terapêutica, recomenda o Infarmed que seja consultado o "documento Medicamentos Biológicos utilizados em doenças reumáticas, psoríase e doença inflamatória intestinal - Linhas de tratamento e alternativas terapêuticas da Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica".
O regulador irá continuar a acompanhar a situação junto da empresa responsável pela comercialização deste medicamento.
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