Virgílio Higino Gonçalves Pereira, nasceu em 11 de janeiro de 1941 (80 anos), foi militante do PPD/PSD, presidente da Câmara Municipal do Funchal (1974-1983) e eurodeputado (1986 a 1994).
Regressou à presidência do principal município da Madeira entre janeiro e setembro de 1994, tendo deixado o cargo devido a um diferendo com o então presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim.
Virgílio Pereira foi substituído na altura pelo vice-presidente, Miguel Albuquerque, que é hoje o líder dos sociais-democratas madeirenses e presidente do Governo Regional da Madeira.
O PSD/Madeira divulgou hoje um voto de pesar pela morte de Virgílio Pereira, que considerou ser uma "figura incontornável da história da região e do partido", um homem que esteve "associado não só à conquista da autonomia e aos seus valores como, também, ao exercício da democracia regional".
"Uma perda que deixa, indubitavelmente, a região e o PSD/Madeira mais pobre", lê-se no documento do partido, assinado pelo secretário-geral, José Prada.
Os sociais-democratas madeirenses manifestam "gratidão" e destacam "o papel que este grande Homem desenvolveu a favor da autonomia e da região".
Também o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, manifestou o "profundo pesar pela morte de Virgílio Pereira, afirmando que foi "um amigo leal e um político fundador da democracia e da autonomia".
José Manuel Rodrigues lembra a sua convivência com Virgílio Pereira, enquanto aluno, jornalista e deputado no Parlamento Europeu, realçando em toda a sua atividade "as suas enormes qualidades pessoais e o seu apego à defesa do bem comum".
"O professor Virgílio Pereira foi um digno servidor da causa pública e honrou os cargos que desempenhou ao longo da sua vida", enfatiza o presidente do parlamento madeirense, considerando que a melhor homenagem que se lhe pode prestar "é seguir o seu exemplo".
O representante da República, Ireneu Barreto, manifestou igualmente o seu pesar, realçando que Virgílio Pereira foi o primeiro presidente eleito da Câmara do Funchal em eleições democráticas e o "primeiro madeirense no Parlamento Europeu".
Expressando "tristeza pela perda deste notável madeirense", o juiz conselheiro Ireneu Barreto aponta que "o professor Virgílio Pereira sempre demonstrou ser um político de profundas convicções humanistas e sociais e um acérrimo defensor dos ideais da autonomia".
"Unanimemente apreciado e respeitado por madeirenses de todos os quadrantes políticos, deixa uma memória impressiva na nossa comunidade e um vazio difícil de preencher na vida política regional", afirma o representante.
Para o presidente da comissão política do CDS-PP/Madeira, Rui Barreto, " o 'professor Virgílio', como era conhecido, deixou-nos um grande legado enquanto pessoa, destacando-se pela sua empatia, sentido de integridade e uma grande herança política".
Por seu lado, o PS/Madeira destacou que, "ao longo da sua vida política, Virgílio Pereira demonstrou sempre ser um homem de valores e dedicado à causa pública, não se coibindo de mostrar o seu pensamento crítico quando estavam em causa os princípios em que acreditava, o que o levou, inclusivamente, a tomar decisões difíceis".
"Ilustre democrata e pessoa livre, Virgílio Pereira fica na história como uma das figuras marcantes da política regional", opina o PS/Madeira.
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