A União Europeia (UE) comprou vacinas contra a Covid-19 para acautelar a necessidade de administrar terceiras doses, mas essa é uma decisão "que não está tomada", avançou, esta quinta-feira, o primeiro-ministro.
"A UE, há alguns meses, procedeu à aquisição, e Portugal também, de uma quantidade de vacinas adequada para uma eventual decisão sobre a terceira dose", indicou António Costa, em declarações aos jornalistas, no final do briefing operacional na ANEPC.
Porém, essa "é uma decisão que não está tomada. Se vier a ser tomada, temos as vacinas necessárias. Se não vier a ser tomada, é a decisão técnica nesse sentido", acrescentou o governante, assegurando que "não está, neste momento, previsto nenhum calendário".
A decisão para uma eventual administração de terceiras doses, frisou António Costa, compete às autoridades de saúde e não ao Executivo. O que o Governo deve fazer "é o que fez: adquirir o número de doses necessárias para administrar uma terceira dose se as autoridades de saúde, neste caso a Direção-Geral da Saúde (DGS), considerarem ser necessária".
Recentemente, foram conhecidas as conclusões de um estudo do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, de acordo com o qual os anticorpos contra a Covid diminuem mais de 80% três meses após a toma da vacina. Perante estas conclusões, os responsáveis apoiam a necessidade de uma terceira dose, começando pelos mais velhos e grupos de risco.
Recorde-se que, neste domínio, a França anunciou ontem que vai administrar uma terceira dose do imunizante às pessoas mais frágeis a partir de setembro.
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