De acordo com Hildegard Epstein Cassis, os danos do sismo são mais sentidos nas cidades de Petit Troue de Nippes, Les Cayes, Cavallion, Camperin, Les Anglais e Jérémie.
"Algumas estradas foram bloqueadas, mas o governo e as empresas estão a trabalhar em conjunto para as desbloquear. Também muita ajuda foi transportada por helicóptero e avião, como medicamentos, sangue e alimentos", acrescentou.
O cônsul honorário de Portugal no Haiti espera um levantamento dos danos mais pormenorizado ao longo do dia.
Segundo um balanço provisório dos serviços de proteção civil do Haiti, o sismo de magnitude 7,2 que atingiu no sábado o sudoeste do Haiti fez 1.297 mortos e mais de 5.700 feridos.
Além das pessoas dadas como desaparecidas, "muitas outras estão sob os escombros", sublinhou em comunicado a Proteção Civil, precisando que perto de 3.200 feridos foram internados em diversos hospitais.
No domingo, o gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, tinha referido que todos os cidadãos portugueses que se encontram no Haiti "estão bem e não foram afetados pelo sismo".
Contactada pela Lusa, fonte do gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas adiantou que o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) "está a acompanhar a situação através da embaixada de Portugal em Havana".
Segundo a mesma fonte, já foi possível "apurar que todos os cidadãos nacionais que se encontram no Haiti estão bem e não foram afetados pelo sismo".
O terramoto, que também foi sentido na República Dominicana (com a qual o Haiti divide a ilha de Hispaniola) e em Cuba, e que já faz parte dos dez sismos mais letais dos últimos 25 anos na América Latina, ocorreu às 08:29 locais (13:29 de Lisboa), a cerca de 12 quilómetros da cidade de Saint-Louis-du-Sud, situada a 160 quilómetros da capital haitiana, Port-au-Prince, com epicentro a 10 quilómetros de profundidade, segundo dados do Instituto Norte-Americano de Geofísica (USGS).
Perto de 30.000 casas ficaram destruídas ou danificadas.
Muitos países, entre os quais os Estados Unidos, a República Dominicana, o México e o Equador já ofereceram ajuda, com o envio de pessoal, rações de emergência e equipamentos médicos.
O primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, que decretou o estado de emergência nos quatro departamentos afetados pela catástrofe, agradeceu hoje à comunidade internacional.
O país guarda na memória o sismo de 12 de janeiro de 2010, com magnitude 7, que destruiu a capital e várias cidades de província.
Mais de 220.000 pessoas morreram e mais de 300.000 ficaram feridas na catástrofe que deixou desalojados mais de 1,5 milhões de haitianos, colocando as autoridades e a comunidade internacional perante o colossal desafio de reconstrução de um país sem registo de propriedade de terras ou regras de construção.
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