Ministro da Defesa são-tomense exonerado está internado em Portugal

O ex-ministro da Defesa de São Tomé e Príncipe Óscar Sousa, exonerado no início da semana, encontra-se internado em Portugal, por recomendação médica, disse fonte familiar, que repudiou o "aproveitamento político" desta "situação dolorosa".

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Lusa
20/08/2021 17:19 ‧ 20/08/2021 por Lusa

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Óscar Sousa

"Confirmamos que, de facto, o senhor coronel Óscar Aguiar Sacramento e Sousa se encontra adoentado desde o início do mês de agosto, tendo sido imposto o seu internamento para efeitos de cuidados necessários, por força apenas e só das recomendações dos profissionais médicos", afirma um comunicado da família, assinado pela mulher do coronel, enviado à agência Lusa.

Óscar Sousa, 69 anos, foi exonerado do cargo de ministro da Defesa e Ordem Interna na passada terça-feira pelo Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, na sequência de um pedido do primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, que considerou que aquele revelara, "nos últimos dias, alguma incapacidade para o exercício pleno das suas funções".

O partido Ação Democrática Independente (ADI, oposição) acusou, na semana passada, o então titular da pasta da Defesa de ter ordenado a detenção do Presidente e do primeiro-ministro, protagonizando uma tentativa de golpe de Estado, e pediu a sua demissão.

O chefe do Governo anunciou que o seu executivo está a investigar uma "alegada tentativa de subversão da ordem constitucional" e adiantou que assumiria interinamente as funções do ministro da Defesa e Ordem Interna.

"Nos últimos dias, os Serviços de Informação e Segurança do Estado têm acompanhado de perto algumas estranhas movimentações de certas pessoas e investigando os rumores sobre uma alegada tentativa de subversão da ordem constitucional", comentou Bom Jesus, numa comunicação ao país.

Na nota hoje enviada à Lusa, a família lamenta "amargamente" e repudia "todas as informações falsas e vexatórias sobre a pessoa e o estado de saúde do senhor coronel Óscar Aguiar Sacramento e Sousa, difundidas por órgãos de comunicação social e grupos de cidadãos que, aliás, têm demonstrado uma desprezível insensibilidade perante vicissitudes da vida que a todos podem ocorrer".

A família condena ainda o "vergonhoso aproveitamento político que tem sido realizado de uma situação bastante dolorosa e triste".

No comunicado, os familiares do ex-ministro salientam que o coronel é "uma pessoa humana, pai de família, um incansável e exímio servidor público", que "nunca virou as costas aos diversos chamamentos para contribuir, com a sua bravura, experiência e sabedoria, para o desenvolvimento económico e social de São Tomé e Príncipe".

"No presente momento, o único facto absolutamente relevante é a rápida recuperação" do ex-ministro, afirmam, apontando ainda que o direito à informação "não deve nunca sobrepor-se" ao direito à privacidade e à honra "por conta de querelas políticas que só alimentam o ódio e a desunião na sociedade".

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