A Direção-geral da Saúde (DGS), o Infarmed e a Task Force ainda não chegaram a um consenso sobre o que fazer com os certificados de quem tomou a vacina considerada "nula" no Queimódromo do Porto.
Alguns dos cidadãos vacinados a 9 e 10 de agosto naquele local terão o certificado ativo na próxima segunda-feira, mas ainda não há uma decisão sobre a validade destes certificados de vacinação.
A Task Force garantiu ao jornal Expresso que está em conversações com as restantes entidades responsáveis - a Direção-Geral da Saúde, o Infarmed e o SPMS (Serviços Partilhados do Ministério da Saúde), responsável pela operacionalização dos certificados -, ainda sem conclusões sobre a validade dos certificados ou a sua eventual suspensão temporária até serem conhecidos os resultados dos inquéritos à qualidade dos fármacos.
Recorde-se que há uma investigação a decorrer na sequência de uma quebra na cadeia de frio e interrupção da inoculação no dia 9 de agosto (durante todo o dia) e 10 de agosto (no período da manhã) no Queimódromo, na cidade do Porto.
Desde dia 11, altura em que a situação foi reportada, que está suspensa a administração de vacinas naquele centro.
O inquérito em questão tem assim, segundo a Task Force, três focos: Averiguar o que levou à quebra na cadeia de frio, que procedimentos foram efetuados pelo Queimódromo do Porto - uma vez que a quebra na cadeia de frio não foi detetada, originando a inoculação de vacinas que estiveram armazenadas fora dos parâmetros normais de temperatura estabelecidos - e saber porque é que a notificação da ocorrência à Task Force demorou tanto tempo.
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