"Os negacionistas esbarraram numa população que acredita nas vacinas"
Miguel Sousa Tavares realçou, esta segunda-feira, o sucesso do plano de vacinação em Portugal.
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País Miguel Sousa Tavares
O escritor Miguel Sousa Tavares analisou, esta segunda-feira, no seu espaço de comentário habitual na TVI24, do plano de vacinação português, depois de o site 'Our World in Data' ter revelado que o nosso país é dos que tem a maior percentagem da população totalmente inoculada.
Para o comentador, o sucesso do plano deve-se a vários fatores. Alguns dos quais com várias décadas.
"Isto não aconteceu por acaso. É o resultado de uma estrutura de tradição que nós temos a funcionar em pleno há mais de 35 anos. Começou com a doenças como a poliomielite. Deve-se muito ao esforço de entidades como a Fundação Gulbenkian, que na altura financiou esse programa, à Direção-Geral da Saúde (DGS), que tem um historial de vacinação. Portugal é um país que sempre vacinou muito", começou por salientar.
Além disso, defendeu Sousa Tavares, "a população sempre acreditou nas vacinas e, portanto, o processo da Covid-19 não encontrou um país despreparado para isso. Encontrou matéria fértil", recordando que, "felizmente, nós não temos mais do que 2 ou 3% de negacionistas em Portugal".
"A mensagem dos negacionistas esbarrou contra uma população que, de facto, acredita nas vacinas, acredita na ciência e não na estupidez, ao contrário dos negacionistas, e encontrou na figura do vice-almirante e nas pessoas do Serviço Nacional da Saúde (SNS), que passaram o verão a trabalhar para levar avante este processo, entidades capazes de fazer com que, neste momento, nós sejamos o 10.º país do mundo com a vacinação completa e, se descontarmos pequenos países e pequenas ilhas, o 4.º entre os grandes países do mundo com o processo de vacinação completa", vincou.
Antes de concluir o comentário ao tema, o também jornalista fez questão de parabenizar o trabalho das autoridades de saúde e da Task Force neste processo.
"Se pensarmos como isto tudo arrancou mal, com aqueles grupos corporativos a tentarem meter-se à frente e as batotas todas, é fantástico o esforço que foi feito desde então. Estamos todos de parabéns porque, por uma vez, houve um programa que foi planeado por um período e está a chegar ao fim", terminou.
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