"A análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de infeção por SARS-CoV-2 de intensidade moderada, com tendência decrescente a nível nacional, assim como uma tendência decrescente na pressão sobre os serviços de saúde e na mortalidade por Covid-19". É esta a radiografia feita pelas autoridades de saúde à pandemia em Portugal e que está refletida no relatório de Monitorização das Linhas Vermelhas publicado esta sexta-feira. Esta é, aliás, uma tendência que prossegue o caminho já iniciado em semanas anteriores.
De acordo com o relatório da Direção-Geral de Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 125 casos, com tendência decrescente a nível nacional. Nenhuma região apresentou uma incidência superior ao limiar de 480 casos em 14 dias por 100 mil habitantes.
Quanto à incidência acumulada no grupo etário com idade superior ou igual a 65 anos, foi de 86 casos, com tendência estável a decrescente a nível nacional.
O índice de transmissibilidade (Rt), como já tinha sido dado a conhecer no relatório epidemiológico desta sexta-feira, apresenta um valor inferior a um em todas as regiões (0,83).
Em relação ao impacto da pandemia nos serviços de saúde, o número de internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente "revelou uma tendência decrescente, correspondendo a 29% (na semana anterior foi de 40%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas.
Relativamente à mortalidade, este indicador apresenta uma tendência decrescente, "o que revela um impacto reduzido da pandemia em termos de mortalidade por COVID-19 (menor que dez óbitos por milhão em 14 dias)".
Como também já tinha sido sublinhado no relatório do INSA desta semana, a variante Delta (B.1.617.2), originalmente associada à Índia, é a variante dominante em todas as regiões, com uma frequência relativa de 100%dos casos avaliados na semana36/2021(6 a 12de setembro) em Portugal.
O relatório aponta ainda que a proporção de casos confirmados notificados com atraso foi de 8,1% (na semana passada foi de 5,5%), mantendo-se abaixo do limiar de 10,0% e que, nos últimos sete dias, 91% dos casos de infeção foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e, no mesmo período, foram rastreados e isolados, quando necessário, todos os contactos em 84% dos casos.
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