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Missão da Task Force terminou. "Agora vou voltar ao anonimato"

A 'task force' responsável pelo plano de vacinação contra a covid-19 terminou a sua missão de planificação e gestão logística no contexto da pandemia, anunciou hoje o coordenador da equipa, Henrique Gouveia e Melo.

Missão da Task Force terminou. "Agora vou voltar ao anonimato"
Notícias ao Minuto

10:24 - 28/09/21 por Lusa

País Covid-19

Em declarações prestadas na reunião na sede da task force, no Comando Conjunto das Operações Militares, em Oeiras, o líder da equipa - que recebeu o primeiro-ministro, António Costa, a ministra da Saúde, Marta Temido, e o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho - vincou o êxito da operação de vacinação.

"Estamos em 84 e qualquer coisa de segundas doses. Já podíamos ter atingido os 85% de vacinação completa, mas vamos relembrar algumas pessoas e dentro de semana ou semana e meia, senhor primeiro-ministro, terá os 85%", disse o vice-almirante, confirmando que este é "o último 'briefing'" sobre a pandemia: "Acho que entrego a minha missão, está terminada e agora fica o núcleo a fazer a transição".

Henrique Gouveia e Melo assumiu o comando da 'task force' no passado dia 3 de fevereiro, na sequência da demissão do anterior coordenador Francisco Ramos, que esteve pouco mais de dois meses à frente da equipa.

Agora "é hora de regressar ao anonimato"

À margem da sessão, em que foi anunciado o fim da missão da equipa coordenadora do processo de vacinação, o vice-almirante Gouveia e Melo agradeceu, em jeito de balanço de oito meses de trabalho à frente deste processo, à população e a todas entidades e profissionais envolvidos no plano de vacinação.

"O balanço é agradecer à população portuguesa por ter contribuído para o processo de vacinação, agradecer aos profissionais de saúde, entre eles, os enfermeiros, mas todos os outros, os auxiliares, e a todo o Ministério da Saúde, com todos os seus organismos", disse o vice-almirante aos jornalistas, na sede da 'task force', em Oeiras, distrito de Lisboa.

"Julgo que temos de estar todos contentes por termos em conjunto feito uma coisa que vai ficar na história e agora vou-me despedir e vou voltar ao anonimato das minhas funções militares que é como deve de ser. Muito obrigada por tudo" 

Também presente na sessão, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, salientou no final, em declarações aos jornalistas, o contributo dado pelas Forças Armadas portuguesas no processo de vacinação.

"Foi um processo que envolveu desde logo todos os portugueses, mas também as estruturas do Ministério da Saúde, as estruturas de outras entidades e o contributo dado pelas Forças Armadas portuguesas que foi um contributo também fundamental nesse processo", disse o governante.

Referindo-se ao vice-almirante Gouveia de Melo, o ministro afirmou que, "pessoalmente, teve um contributo da maior relevância" que resulta do seu "mérito pessoal", mas também de "quatro décadas de formação militar" que carrega consigo e do apoio de um Estado-Maior, com cerca de três dezenas de militares que "ao pormenor acompanharam".

Para João Gomes Cravinho, demonstrou-se com este processo que "as Forças Armadas portuguesas têm do melhor que há no país" em termos de planeamento, de logística e de capacidades de comando e controlo.

"É muito importante que os portugueses saibam isso", disse, comentando: "Eu disse que é o melhor que há no país, mas na realidade se olhamos comparativamente para os números internacionais eu creio que podemos dizer do melhor que há no mundo".

Sublinhou ainda que "os resultados do processo de vacinação" enchem todos de orgulho.

"É um trabalho que não cessa agora. É um trabalho que continuará", disse o ministro, salientando que as Forças Armadas Portuguesas e o Ministério da Defesa Nacional continuarão a dar o seu contributo.

Contudo, disse, "chegamos agora ao final de uma etapa, ao final de um processo muito intenso", reiterando, a sua "grande satisfação em relação ao contributo dado pelas Forças Armadas".

A 'task force' do plano de vacinação contra a covid-19 foi criada em novembro de 2020, cerca de um mês antes do arranque do plano de vacinação, tendo o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo assumido a sua coordenação em 03 de fevereiro, na sequência da demissão de Francisco Ramos.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.995 pessoas e foram contabilizados 1.067.175 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

[Notícia atualizada às 13h22]

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