"O fim do recolher obrigatório pode ser um dado adquirido", afirmou Miguel Albuquerque, à margem da sessão de abertura do 8.º Encontro Anual do Centro de Química da Madeira, no Funchal.
O presidente do governo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, indicou que estão ainda a ser avaliados os efeitos do cortejo da Festa da Flor, que juntou milhares de pessoas nas avenidas marginais do Funchal, no domingo, bem como a reabertura do ano letivo, que envolve cerca de 40.000 mil alunos, 6.500 professores e 5.000 técnicos e funcionários em 154 escolas públicas e privadas.
"Na [próxima] quinta-feira pensamos estar em condições de tomar um conjunto de decisões, com novas medidas de alívio das restrições a partir de sexta-feira", disse Miguel Albuquerque.
Na Região Autónoma da Madeira, os estabelecimentos comerciais são obrigados a encerrar até às 01:00 e o recolher obrigatório vigora entre as 02:00 e as 05:00.
De acordo com os dados mais recentes da Direção Regional de Saúde, o arquipélago, com cerca de 251.000 habitantes, regista 117 casos ativos de covid-19, num total 11.791 confirmados desde o início da pandemia, e 75 mortos associados à doença.
Em relação ao Centro de Química da Madeira, Miguel Albuquerque sublinhou tratar-se de um dos "mais prestigiados" do país, trabalhando em parceria com diversas universidades e empresas.
"É fundamental nós continuarmos a perceber que um dos pilares do desenvolvimento da Madeira tem de ser o apoio à ciência e à qualificação dos nossos jovens", disse, acrescentando: "A nossa ideia é reforçarmos os apoios nos próximos anos, no sentido de melhorarmos quer a pesquisa e investigação, quer a colaboração com outras instituições mundiais."
O Centro de Química da Madeira é uma unidade de investigação que integra o Sistema Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação, contribuindo com as suas áreas de investigação -- Saúde, Qualidade e Segurança Alimentar e Tecnologias do Mar -- para a formação de recursos humanos, avanço do conhecimento e apoio às empresas da região.
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