A região do Alentejo é a única que contraria a tendência de um índice de transmissibilidade abaixo de 1, revela esta sexta-feira o relatório de monitorização das linhas vermelhas para o novo coronavírus realizado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Nessa região, o Rt é, atualmente, de 1,05 e apresenta uma "tendência crescente".
Na maioria das restantes regiões, o valor médio do Rt aumentou desde o último relatório: no Centro passou de 0,84 para 0,98; em Lisboa e Vale do Tejo aumentou de 0,88 para 0,89 e no Alentejo passou de 0,99 para 1,05. O Algarve, no entanto, diminuiu o valor do Rt de 0,87 para 0,83 e o Norte manteve o valor de 0,9.
"Estes resultados sugerem uma estabilização da incidência na maioria das regiões", lê-se no documento.
A análise da DGS e do INSA dá conta que, desde o início do processo de vacinação, se registaram 43.751 casos de Covid-19 em pessoas vacinadas, o que corresponde a 0,5% do total de vacinados há pelo menos duas semanas (8.603.453).
"Entre as pessoas infetadas, 774 (1,8%) foram internadas com diagnóstico principal de Covid-19", precisa o documento, que acrescenta que mais de metade destes internados tinha mais de 80 anos.
Entre aqueles 43.751 casos de infeção em pessoas vacinadas, registaram-se 467 óbitos por Covid-19 (1,1%).
Os estudos desenvolvidos até agora, adianta o relatório, mostram que "a efetividade das vacinas do tipo mRNA (Pfizer-BioNTech e Moderna) contra hospitalizações foi estimada em 95% na população com idade entre os 65-79 anos e em 76% nos indivíduos com 80 ou mais anos".
Já quanto à redução de óbitos, a eficácia das vacinas estimou-se em "95% e 81% nas faixas etárias dos 65 aos 79 anos e dos 80 e mais anos, respetivamente".
De acordo com os dados, o número de novos casos de infeção por por 100.000 habitantes acumulado nos últimos 14 dias, foi de 83 casos, "com tendência decrescente a nível nacional", um valor que desce para 69 se tivermos em conta apenas o grupo etário com idade igual ou superior a 65 anos.
A DGS e o INSA afirmam mesmo que "nenhuma região apresentou uma incidência superior ao limiar de 240 casos em 14 dias por 100.000 habitantes".
Quanto ao número de camas ocupadas em unidades de cuidados intensivos, registaram-se 57 doentes internados no passado dia 6, o que corresponde a 22% (na semana anterior foi de 27%). Este indicador revela, portanto, uma "tendência decrescente".
Na última semana, a variante Delta, originalmente associada à Índia, voltou a ser a variante predominante em todas as regiões.
Quanto à mortalidade por Covid-19, o relatório das linhas vermelhas diz que foi, nos últimos 14 dias, de 7,8 óbitos milhão de habitantes, o que revela uma "tendência decrescente" e um "impacto reduzido da pandemia em termos de mortalidade" (menor que 10 óbitos por milhão em 14 dias).
"A análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de intensidade reduzida, com tendência decrescente a nível nacional, assim como uma reduzida pressão nos serviços de saúde e impacto na mortalidade com tendência decrescente", conclui o documento.
[Notícia atualizada às 20h31]
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