Greves? "Não há coincidências", mas prioridade são "respostas a utentes"
Marta Temido garante que "a motivação dos profissionais é uma grande preocupação", mas a "prioridade são, naturalmente, as respostas às questões dos utentes".
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País Ministra da Saúde
A ministra da Saúde afirmou, esta sexta-feira, que "não há coincidências" relativamente às várias greves marcadas para o setor da saúde no decorrer deste mês e do próximo, já que "estamos no contexto específico da discussão sobre o próximo quadro orçamental", mas salienta que há dificuldade em "atender a todas as reivindicações ao mesmo tempo".
"Compreendemos que muitas das aspirações e reivindicações profissionais tenham estado contidas neste período [...]. Também é importante dizer que não há coincidências", referiu Marta Temido, à margem de uma homenagem a António Fernandes da Fonseca, ex-diretor clínico do Centro Hospitalar Conde de Ferreira.
A governante referia-se ao agendar das greves numa altura em que está a ser discutido o Orçamento do Estado para o próximo ano, embora reconheça que há "questões que são colocadas há muito tempo".
"Neste momento o contexto é diferente, na medida em que estamos a preparar a saída da pandemia, estamos a discutir um novo orçamento e teremos margem, eventualmente, para discutir outros temas que correspondem a reivindicações profissionais, que naturalmente terão de ser debatidos", afirmou, adiantando que, por isso, "há reuniões de trabalho marcadas ao longo deste mês" com os sindicatos, que espera que "tragam algumas respostas".
Aos jornalistas, Temido garante que o Governo sempre esteve disponível para dialogar e responder às questões que os sindicatos colocaram, mas sublinha que "dialogar não significa poder dar uma resposta favorável a todo um conjunto de preocupações".
Para a ministra da Saúde, "a motivação dos profissionais é uma grande preocupação", mas a "prioridade são, naturalmente, as respostas às questões dos utentes".
Há uma preocupação de sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde que não podemos esquecer", lembrou.[Notícia atualizada às 11h33]
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