"O que era desejável e expectável para o país era que o Orçamento passasse, poupava muitos custos, muitos problemas, poupava muitas preocupações, mas vamos esperar", disse este sábado o Presidente da República, sublinhando que a "Democracia é feita de espera".
Quando questionado sobre as afirmações feitas na sexta-feira pelo primeiro-ministro - de que está preparado para continuar a governar, mesmo se o Orçamento para 2022 chumbar -, Marcelo Rebelo de Sousa indicou que não prevê só esse cenário.
"Em primeiro lugar, eu trabalho na base do cenário de o Orçamento do Estado passar. Em segundo lugar, são duas coisas diferentes", disse. "Uma coisa é o Governo continuar em funções, outra coisa é a Assembleia da República ser dissolvida. São coisas diferentes", acrescentou.
O chefe do Estado, porém, não se compromete. "Nenhuma delas está no meu espírito até passar este período final de conversações entre partidos."
O Presidente da República falava à margem dos 75 anos do Aeroclube de Torres Vedras, a quem entregou a Ordem de Mérito, enquanto membro honorário, "pelo seu passado ilustre".
Sublinhe-se que António Costa reuniu este sábado de manhã com o PCP e, depois, com o Bloco de Esquerda, tendo em vista procurar um acordo de viabilização do Orçamento do Estado para 2022.
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