"A sua vasta ação cultural, política e cívica em prol da Região Autónoma da Madeira, de par com as elevadas qualidades de pedagogo, reconhecidas por sucessivas gerações de quantos tiveram o privilégio de ser seus alunos, contribuíram decisivamente para que, ainda hoje, seja uma referência ímpar da Educação na Região Autónoma da Madeira", lê-se na mensagem de condolências distribuída pelo gabinete de Ireneu Barreto.
Carlos Lélis morreu hoje no Funchal com 90 anos, vítima de doença prolongada, confirmou fonte do PSD/Madeira à agência Lusa.
O juiz conselheiro afirma que o antigo deputado era um "madeirense ilustre", tendo-se licenciado em Filosofia Românica e lecionado no antigo Liceu Nacional do Funchal, hoje Escola Secundária Jaime Moniz.
Carlos Lélis, destaca, desempenhou vários cargos de direção no setor turístico e em meios universitários estrangeiros, tendo sido leitor de Português em França e adido cultural na Roménia.
O representante destaca que se "notabilizou no exercício de missões de serviço público, nomeadamente como secretário regional da Educação do Governo Regional da Madeira, deputado na Assembleia da República, responsável pela participação da Madeira na Expo 98 e membro da comissão encarregada da instalação da extensão universitária que esteve na génese da Universidade da Madeira".
"Cultivou o ensino, jornalismo, crítica de arte, encenação, declamação e direção criativa, e publicou vários livros, sobretudo de poesia, tendo sido agraciado pelo Presidente da República, em 2015, com o grau de comendador da Ordem do Mérito", escreve Ireneu Barreto.
O representante destaca ainda o "seu profundo amor à sua ilha e às suas gentes", sublinhando que os seus contemporâneos vivem hoje "um enorme sentimento de perda".
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