Açores. Bolieiro considera inaceitáveis dificuldades de telecomunicações

O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, considerou hoje "inaceitáveis de perdurar" as dificuldades de telecomunicações impostas pelo orografia nas ilhas dos Açores face à tecnologia disponível.

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© Facebook / José Manuel Bolieiro

Lusa
10/11/2021 21:19 ‧ 10/11/2021 por Lusa

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José Manuel Bolieiro considerou que no quadro das novas tecnologias de comunicação, a Anacom pode ser um "provedor dos interesses do consumidor" e poder realizar na monitorização do controlo do espetro "aquelas que por razões orográficas possam ser as dificuldades que, hoje, face à tecnologia, são já inaceitáveis de perdurar".

As ilhas de Santa Maria e São Jorge são das que apresentam maiores dificuldades.

O presidente do Governo dos Açores, que presidiu hoje à cerimónia de inauguração da Sala do Centro de Monitorização de Espetro dos Açores da ANACOM, nos Valados, na Relva, no concelho de Ponta Delgada, reconheceu a "complexidade da descontinuidade, da condição arquipelágica" dos Açores.

Na sua leitura, "cada uma das ilhas acrescenta a esta dificuldade de descontinuidade territorial, de orografia difícil, muitas vezes, através das famosas fajãs e tantas outras circunstancias que criam vazios de comunicação".

Para Boleiro, estas dificuldades de comunicação "são gravemente penalizadoras por razões de proteção civil", que é "essencial" num arquipélago com as características dos Açores, sendo "importante o papel estratégico da Anacom".

O líder do executivo açoriano considerou que as comunicações "permitem fazer da ultraperiferia uma centralidade", permitindo aos Açores "embora longe estar perto de tudo, residuais na demografia mas relevantes na estratégia de centralidade planetária".

José Manuel Bolieiro referiu que o papel da Anacom "como autoridade espacial é outra oportunidade que pode potenciar aos Açores", tendo considerado "essenciais os cabos submarinos de fibra ótica para acesso a dados e comunicações nos Açores, mas sobretudo o que podem significar para a projeção atlântica de Portugal e da Europa".

No quadro da inauguração da Sala do Centro de Monitorização de Espetro dos Açores da Anacom,o presidente da Autoridade Nacional de Comunicações, João Cadete de Matos, afirmou que a rede 5G vai permitir que todas as freguesias dos Açores tenham acesso à internet com "qualidade" nos próximos dois anos.

Em declarações à agência Lusa, Cadete de Matos afirmou que "em resultado do leilão do 5G", que terminou há duas semanas, os operadores vão ter a "obrigação de garantir em toda a região dos Açores" uma "cobertura com qualidade de serviço bastante elevada".

"Em todos os municípios, em todas as freguesias dos Açores, vai ter de haver uma cobertura de pelo menos 75% da população, em menos de dois anos, até 2023, com uma cobertura de 100 megabytes em termos da qualidade de serviço da internet", declarou.

O presidente da Anacom acrescentou que "dentro de quatro anos, até 2025", a cobertura de 100 megabytes vai ter de abranger "pelo menos 90% da população" açoriana.

Leia Também: Governo dos Açores "solidário" com quebra de rendimentos na agricultura

 

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