"Nós não sabemos se não será cumprida, o nosso objetivo é que seja cumprida, ainda falta tempo para o Natal. Nós temos que pensar que todos os dias contam, portanto quem não veio no dia em que deveria ter vindo não faz mal, tem oportunidade de vir, tem 'casa aberta'", disse Graça Freitas, reforçando que a Direção-Geral da Saúde (DGS), o Ministério da Saúde e o núcleo de coordenação do plano de vacinação contra a covid-19 estão a trabalhar em conjunto para atingir as metas, inclusive cumprir com o prazo de até 19 de dezembro para a conclusão da fase de reforço da vacina para os idosos.
Numa visita ao centro de vacinação de Odivelas, instalado no Pavilhão Multiusos deste concelho do distrito de Lisboa, acompanhada do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, do coordenador do núcleo de coordenação do plano de vacinação contra a covid-19, coronel Carlos Penha-Gonçalves, e do presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins (PS), a diretora-geral da Saúde explicou que a modalidade 'casa aberta' para vacinar os maiores de 80 anos, que está a funcionar este fim de semana, pretende também "recuperar pessoas que eventualmente não vieram na altura em que deviam".
"Não vamos já agora, muito antes do Natal, ainda falta mais de um mês, dizer que não vamos cumprir a meta. Nós vamos fazer tudo, o Ministério da Saúde, o núcleo [de coordenação do plano de vacinação contra a covid-19], todos, para que as coisas aconteçam, portanto não podemos dizer que não vamos atingir uma meta, temos que trabalhar para atingir a meta e temos que apelar às pessoas que vieram na primeira etapa da vacinação que venham também nesta", declarou Graça Freitas.
O reforço da vacinação contra a covid-19, com a inoculação da terceira dose a pessoas com mais de 65 anos, "é importantíssimo", frisou a diretora-geral da Saúde, referindo que pode ser feito através da modalidade "casa aberta", a funcionar este fim de semana para os maiores de 80 anos, ou através do auto agendamento.
"O nosso apelo é para: vacinar, vacinar, vacinar", reforçou a responsável da DGS, assegurando que há recursos para cumprir com o objetivo de vacinação, inclusive vacinas, enfermeiros e médicos, que vão sendo adaptados às necessidades.
Desde 18 de outubro que está em marcha a coadministração das vacinas contra a gripe e a terceira dose da vacina contra a covid-19, que integra os cidadãos com idade igual ou superior a 65 anos e em situação de imunossupressão.
"Vamos a tempo de nos vacinar e o reforço para a covid-19 e a vacina da gripe são mesmo necessários, necessários para que cheguemos ao Natal e a todo o inverno com mais segurança, com menos hipóteses e probabilidades de ir parar a um hospital, de ficar internado ou de ter morte, portanto o reforço é uma opção positiva, tem que ser feito e a vacina da gripe como era feita todos os anos também", defendeu Graça Freitas.
No mesmo sentido, o coordenador do núcleo de coordenação do plano de vacinação contra a covid-19, coronel Carlos Penha-Gonçalves, disse que o plano de coadministração das vacinas contra a gripe e a terceira dose da vacina contra a covid-19 mantém a meta de vacinar a população elegível até 19 de dezembro, com o sistema a funcionar com os recursos suficientes.
"O Estado português comprou mais que uma vacina para cada pessoa a viver em Portugal que é elegível para a vacinação neste momento. Não há dificuldades de vacinas nem da gripe nem da covid-19", assegurou Penha-Gonçalves, apelando à adesão das pessoas no processo de vacinação e indicando que os centros de vacinação passam a estar abertos todos os dias, quando antes funcionavam cinco dias por semana.
"Estamos agora a entrar numa fase de aceleração e é por isso que agora vamos começar a vacinar sete dias por semana e isso vai dar mais capacidade ao processo e mais resposta", sublinhou.
Relativamente ao possível regresso do vice-almirante Gouveia e Melo para comandar o plano de vacinação contra a covid-19, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, deixou a resposta em aberto, realçando que "os portugueses e o país estão muito agradecidos ao senhor vice-almirante e a toda a equipa que o acompanhou, nomeadamente ao senhor coronel Penha-Gonçalves".
"Diria que é uma honra para Portugal ter pessoas, ter militares, com a estrutura e com o sentido de missão pública do senhor vice-almirante e do senhor coronel Penha-Gonçalves ainda por cima com a disponibilidade que sempre apresentam para estas missões públicas, uma disponibilidade que é permanente, portanto isso deixa-nos muito satisfeitos e muito agradecidos", disse o governante.
A covid-19 provocou mais de cinco milhões de mortes em todo o mundo, entre mais de 251,87 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.242 pessoas e foram contabilizados 1.106.005 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
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