O secretário de Estado Ajunto e da Saúde, António Lacerda Sales, adiantou esta quinta-feira que a grande maioria dos hospitais já enviaram as escalas de Natal e de Ano Novo para o Ministério da Saúde, assim como os planos de contingência.
"Temos planeamento, estamos preparados para o que puder vir aí. Esperemos que seja o melhor, mas temos de nos preparar para o pior", afirmou, em declarações aos jornalistas.
Quando questionado sobre se o Governo assume responsabilidades no agravamento da pandemia por ter, alegadamente, contribuído para um relaxamento quanto ao vírus depois da última fase de desconfinamento, o governante sustentou que o Executivo "nunca se demite das suas responsabilidades".
"As responsabilidades" são "tomar as decisões certas, no momento certo e no tempo oportuno, que é aquilo que temos feito e é isso que continuaremos a fazer", declarou.
O secretário de Estado vincou ainda que a mensagem que o Governo tem passado tem sido sempre uma mensagem de cautela e de prevenção.
"O dia da libertação é um dia de consciência individual e de consciência coletiva, também. Esse dia é um dia em que, quer individualmente, quer coletivamente, todos nós temos de contribuir para o sucesso, neste momento, na campanha de vacinação e naquilo que é o nosso esforço coletivo para ultrapassarmos esta fase", afirmou, perante a insistência do jornalista.
Interrogado sobre o facto de poder voltar a obrigatoriedade da testagem em alguns espaços, nomeadamente na entrada das discotecas e nos estádios de futebol, Lacerda Sales respondeu: "Quando falamos em testagem massiva, obviamente que consideramos todos os cenários". No entanto, qualquer decisão só será tomada depois de ouvir os peritos amanhã, no Infarmed, reiterou, depois de ontem ter adiantado que será natural um reforço de medidas relacionadas com o uso de máscara, a testagem e o teletrabalho.
"O que é certo é que temos testes, temos planeamento, temos logística. E, portanto, queremos testar mais gente e isolar mais", realçou, detalhando que a testagem é considerada também para vacinados.
"86,5% da população tem o esquema vacinal completo, a grande maioria da população elegível já está vacinada, obviamente que o teste tem que ser considerado para a população vacinada", sublinhou.
Lacerda Sales assegurou ainda que há testes à Covid-19 "suficientes" na reserva estratégica, não prevendo que haja "dificuldades" a esse nível, inclusivamente nas farmácias, "como não houve na outra fase".
Recorde-se que os testes de antigénio voltam a ser comparticipados a partir de amanhã. Cada utente continuará, assim, a ter quatro testes comparticipados por mês.
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