"A situação é muito grave, com um grande aumento de infeções e de internamentos, inclusive nos cuidados intensivos, que se não for travado poderá conduzir a um colapso dos serviços de saúde", disse José Manuel Rodrigues numa nota enviada às redações.
O responsável do principal órgão de governo próprio da região autónoma argumentou que se "exige de cada cidadão a máxima responsabilidade para combater esta nova vaga da pandemia e salvaguardar a saúde pública".
Para José Manuel Rodrigues, este "tempo é de união e não de divisão, que lança dúvidas e gera revoltas, suscetíveis de afastar as pessoas do essencial, que é a defesa da sua saúde e de toda a população".
E complementou que "o inimigo é o vírus e não qualquer um de nós".
Por isso, apontou que este é "o momento de cumprir as orientações de vacinação e de testar massivamente para evitar males maiores".
Também argumentou que não deve ser colocado "em causa todo o trabalho realizado", acrescentando que "o pior que podia acontecer à Madeira seria perder o controlo da situação e ter que decretar um novo confinamento, como está a acontecer em várias regiões e países europeus".
"A pandemia já nos levou muitas vidas e já nos trouxe muitos custos e sacrifícios, e daí que a hora só pode ser de responsabilidade e de solidariedade", declarou.
José Manuel disse estar confiante que os madeirenses, "mais uma vez, estarão à altura do desafio".
"Juntos ultrapassaremos este momento difícil, tal como aconteceu em diversas ocasiões desta pandemia. Não há tempo a perder!", concluiu.
Apesar da elevada taxa de vacinação, a Madeira tem registado, nas últimas semanas, uma média diária superior a 50 novos casos de infeção e também um aumento do número de mortos associados à doença, que é atualmente de 84 óbitos.
As autoridades de saúde da Madeira sinalizaram na quinta-feira mais 52 casos de covid-19 e uma morte. Há ainda a assinalar 43 pessoas hospitalizadas, sete das quais em cuidados intensivos.
Face a esta situação, o Governo da Madeira decidiu, no âmbito das novas medidas de contenção da covid-19, alterar a situação de calamidade para situação de contingência.
O presidente do Governo da Madeira anunciou na quinta-feira um conjunto de medidas de combate à covid-19 na sequência do aumento de casos positivos e do número de hospitalizados na região.
A maioria das medidas, como a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços abertos e fechados e da apresentação de testes antigénios em alguns locais vai vigorar a partir das 00:00 de sábado.
O executivo madeirense apenas decidiu conceder um prazo de adaptação para a determinação de obrigatoriedade cumulativa de certificado de vacina e de teste negativo para espaços como os desportivos, restaurantes, cabeleireiros, ginásios, bares e discotecas, eventos culturais, cinemas, atividades noturnas, jogos, casinos e outras atividades sociais similares.
Esta medida vai entrar em vigor às 00:00 horas de 27 de novembro.
Todas estas medidas vão estar em vigor até 15 de dezembro.
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