O primeiro-ministro, António Costa, explicou esta quinta-feira são precisas novas medidas devido à pandemia porque, apesar da vacinação e da situação melhor do que a generalidade da Europa, o país "não está tão bem" quanto aquilo que queria estar.
O Conselho de Ministros reuniu-se hoje para decidir as novas medidas para controlar a pandemia face ao aumento do número de novos casos de Covid-19, depois de na semana passada se terem voltado a reunir políticos e especialistas no Infarmed e esta semana António Costa ter recebido todos os partidos com assento parlamentar em São Bento.
Em conferência de imprensa, António Costa anunciou as medidas a aplicar, pelo menos, até 9 de janeiro, sublinhando que, a partir de 1 de dezembro, o país entrará, pela segunda vez este ano, em situação de calamidade.
Confira-as, por pontos, abaixo:
- Uso obrigatório de máscara em todos os espaços fechados que não sejam em excecionados pela Direção-Geral da Saúde;
- Certificado digital passa a ser obrigatório nos restaurantes, alojamentos turísticos, eventos com lugares marcados e ginásios;
- O acesso a lares, estabelecimentos de saúde e grandes eventos culturais ou desportivos passa a exigir a apresentação de teste de deteção do vírus SARS-CoV-2 com resultado negativo, mesmo para pessoas vacinadas contra a Covid-19;
- A entrada nas discotecas e bares vai estar sujeita à apresentação de teste negativo à Covid-19, mesmo para vacinados;
- É obrigatório teste negativo para todos os voos que cheguem a Portugal, com "sanções fortemente agravadas" para as companhias de aviação - coimas de 20 mil euros.
- "Semana de contenção de contactos" entre 2 e 9 de janeiro: teletrabalho obrigatório, bares e discotecas encerrados e segundo período das escolas a começar em 10 de janeiro;
- Teletrabalho volta a ser recomendado e será obrigatório entre 2 e 9 de janeiro.
Já quanto às vacinas contra a Covid-19 para crianças entre cinco e 11 anos, caso a inoculação venha a ter o aval da comissão técnica de vacinação, chegam a Portugal a partir de 20 de dezembro.
Veja aqui o documento apresentado por António Costa
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