Em comentário à CNN, o virologista Pedro Simas refere que “a resposta sanitária tem de ser adequada ao nível de vacinação em Portugal” e explica que “é natural que estas variantes apareçam, o vírus não deixa de evoluir geneticamente”.
Embora vários países tenham já vacinado a maioria da população, há muitos ainda em atraso neste processo. O virologista esclarece que, “mesmo depois, quando o mundo estiver todo vacinado, o processo de aparecimento de variantes vai ser mais lento mas vão continuar a surgir ao longo dos anos”.
Dado que existem já casos da Ómicron em diversos países, Pedro Simas conclui que esta variante “é mais contagiosa, mas não é necessariamente mais violenta”, o que não implica que “as vacinas deixem de ser eficazes, que a nossa imunidade deixe de ser eficaz e que nós voltemos à estaca zero".
Além do estudo que afirma ser necessário desenvolver nas próximas semanas através de testes laboratoriais, Pedro Simas defende que é também preciso perceber se o contágio desta nova variante está a decorrer igualmente entre vacinados e não vacinados.
O virologista deixa a mensagem de que embora seja “expectável que ela venha e tudo indica que possa dominar no resto do mundo”, não será um problema para os que estão vacinados e, “em princípio, não vai ser um problema para nós, Portugal”.
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