Os trabalhadores da Empresa Municipal de Ambiente de Cascais (EMAC), detida pelo município e que atua sob a marca Cascais Ambiente, iniciaram na segunda-feira uma greve de 48 horas para reivindicar uma valorização profissional e melhores condições laborais.
Em declarações à agência Lusa, Cátia Nunes, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), referiu que a adesão e hoje à greve foi de 75%, a mesma do primeiro dia da paralisação.
Estes números abrangem sobretudo os trabalhadores da limpeza e higiene urbana.
Por sua vez, fonte oficial da Câmara Municipal de Cascais, no distrito de Lisboa, indicou que a adesão global de hoje à greve foi de 8%, contra os 10% de segunda-feira.
Segundo a mesma fonte, a adesão dos motoristas foi de 14% e a dos cantoneiros 7%.
Em jeito de balanço, a representante do STAL fez um balanço muito positivo desta greve, sublinhando que "é a primeira jornada de luta interna" na empresa, criada há 19 anos.
Cátia Nunes adiantou que está já agendada uma reunião com a administração da Cascais Ambiente para o dia 30 de abril, pelas 12:00.
O objetivo desta reunião, explicou a sindicalista, é apresentar uma contraproposta à administração que, caso não seja aceite", levará os trabalhadores a "intensificar a luta".
São reclamados aumentos salariais "dignos", além da progressão nas carreiras e a aplicação do suplemento de penosidade, insalubridade e risco.
Entre as reivindicações encontram-se também uma "regulamentação transparente" dos critérios de atribuição dos prémios de avaliação e o pagamento dos acréscimos remuneratórios devidos por prestação de trabalho suplementar aplicados antes das alterações ao Código do Trabalho em 2012.
No comunicado em que anunciava a paralisação, o STAL adiantava também que estes trabalhadores recebem "um prémio mensal que não está regulamentado e que lhes pode ser retirado a qualquer momento, sem que se conheçam os seus critérios".
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