"Nos estádios de futebol e nas discotecas são os responsáveis dessas entidades. As forças de segurança têm uma função genérica de controlo da legalidade e de qualquer problema, já hoje é assim", afirmou Eduardo Cabrita em declarações a jornalistas à margem da cerimónia de entrega do estandarte nacional da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) na cidade da Guarda, onde ficará o comando nacional desta força de intervenção.
"As pessoas já hoje entram com vacinação no estádio de futebol e passarão a entrar com exigência de teste. As forças de segurança estão presentes, a força competente, mas não teremos as forças de segurança a fazer controlos sanitários na porta de nenhuma discoteca", assumiu.
Eduardo Cabrita disse que "estarão presentes em todos os estádios de futebol, aí sim, estarão em todos, como estão sempre nos eventos de maior dimensão", porque aquilo que o Governo quer é manter "essas atividades abertas".
"Vimos já, por exemplo, na Alemanha que jogos importantes que se realizam nos próximos dias serão realizados à porta fechada. Depende da forma exemplar como os portugueses se têm comportado e deve-se exatamente ao sucesso da nossa estratégia de vacinação podermos continuar assim", disse.
E acrescentou que as atuais medidas do Governo são "proporcionais, equilibradas, que correspondam a toda a precaução, limitando ao mínimo absolutamente indispensável aquilo que é o prejuízo das atividades económicas".
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou na quinta-feira que a entrada nos espaços de diversão noturna vai estar sujeita à apresentação de teste negativo à covid-19, mesmo para vacinados, a partir de 01 de dezembro, estando discotecas e bares encerrados entre 02 e 09 janeiro.
Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, em Lisboa, António Costa disse que o encerramento das discotecas e dos bares decorre na chamada "semana de contenção de contactos".
A entrada nos bares com espaço de dança e discotecas, que abriram em 01 de outubro depois de encerrados cerca de 19 meses devido à pandemia, estava até agora cingida apenas à apresentação do certificado digital, que podia ser relativo a vacinação, recuperação ou de realização de teste negativo.
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