Acidente/MAI: Eduardo Cabrita marca declaração para as 17h30

Ministro da Administração Interna (MAI) vai fazer uma comunicação à imprensa, na tarde desta sexta-feira, depois de ter sido conhecido o despacho de acusação do Ministério Público visando o motorista do automóvel em que seguia, no caso do trabalhador atropelado mortalmente na A6.

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© Governo - João Bica

Notícias ao Minuto
03/12/2021 16:57 ‧ 03/12/2021 por Notícias ao Minuto

País

Acidente/MAI

Horas depois de ter sido conhecido o despacho de acusação do Ministério Público visando o motorista do automóvel em que seguia Eduardo Cabrita, no caso do trabalhador atropelado mortalmente na A6, o ministro marca uma comunicação à imprensa para as 17h30. 

Numa primeira reação ao despacho, Eduardo Cabrita afirmou que se trata de o "Estado de Direito a funcionar", defendendo ser apenas "um passageiro" no caso. 

"Eu sou passageiro. [A investigação] é o Estado de Direito a funcionar", afirmou em resposta aos jornalistas no final da cerimónia de inauguração do Posto Territorial de Lagos, da Guarda Nacional Republicana.

"É essa a confiança que sempre tenho nas instituições", acrescentou. Eduardo Cabrita disse ainda que "estamos a falar do atravessamento de uma vida não sinalizado" e afirma que "é neste quadro que todo o esclarecimento de factos deve ser apurado".

O ministro sustentou que "o esclarecimento dos factos tem de ser feito" sem se recorrer a um "repugnante aproveitamento político de uma tragédia pessoal".

O motorista do carro onde seguia o ministro da Administração Interna e que atropelou mortalmente um trabalhador na A6, recorde-se, foi acusado de homicídio por negligência, segundo despacho de acusação do Ministério Público hoje divulgado.

Cabrita não é "um mero passageiro"

O advogado da família da vítima, José Barros, vincou aos jornalistas que a "justiça passa sempre por uma compensação digna a estas duas adolescentes e à viúva, que ficaram sem o principal meio de sustento". 

Confrontado com as reações do ministro, o advogado atirou: "São declarações que eu nem sequer gostaria de comentar. É evidente que é um passageiro, mas é um passageiro que determina a deslocação de todos os outros passageiros, e até do condutor". José Barros defende que Cabrita "deve assumir o caso".

"Eu, no caso dele, assumiria o caso". Reforçando que o ministro não é um "mero passageiro", mas sim o passageiro que determina que "haja uma viatura do lado direito a fazer-lhe segurança, por isso é que a outra vinha do lado esquerdo", afirmou, lembrando que a via estava sinalizada "como se comprovou". 

Para a família, "a situação ainda é muito traumática", disse ainda o advogado. 

Leia Também: Motorista de Cabrita acusado de homicídio por negligência

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