Sindicato critica GNR por não ter autuado empresa em caso laboral
O Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal criticou a GNR por não ter autuado uma empresa de Paredes que terá impedido quatro trabalhadoras de cumprir o horário de trabalho.
© Lusa
País Paredes
"De forma a fazer prova, [as trabalhadoras da empresa Varandas de Sousa] contactaram a GNR que lhes respondeu que, não sendo um crime público, nada tinha a fazer nessa situação, sugerindo às trabalhadoras que contactassem a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT)", lê-se num comunicado do SINTAB enviado à Lusa.
Para o sindicato, a posição da GNR é "obscena e completamente enviesada, da parte de um organismo público das forças de segurança do país, que devia zelar pelo cumprimento da legalidade e, desta forma, se demite de o fazer".
"Como tal, tanto as trabalhadoras como o SINTAB procederão à denúncia deste ignóbil comportamento", acrescenta a organização sindical.
A Lusa contactou a GNR para obter uma posição sobre esta situação, mas não obteve resposta até ao momento.
Refere-se ainda no comunicado sindical que "em todas as situações semelhantes, o SINTAB indica aos trabalhadores que, apresentando-se para trabalhar e sendo impedidos de o fazer, devem contactar as autoridades para que, no local, façam o levantamento do auto de ocorrência que servirá, depois, como prova na denúncia à ACT e nos tribunais".
Explica o sindicato que o impedimento de acesso ao trabalho a quatro trabalhadoras da Varandas de Sousa, em Madalena, Paredes, decorre de "uma situação que se arrasta desde outubro, quando a empresa decidiu, arbitrariamente, alterar os horários de trabalho a sete trabalhadoras, obrigando-as, às quintas e sextas-feiras, a fazer um horário diferente dos restantes dias".
O SINTAB informa que contactou a empresa, alertando-a para "as inúmeras irregularidades que esta alteração acarretava".
"A empresa não foi sensível às indicações do sindicato, mantendo-se irredutível na decisão, afirmando apenas que esta seria uma situação provisória", lamenta hoje a organização sindical.
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