Depois de ter sido dado um parecer favorável à vacinação contra a Covid-19 das crianças dos 5 aos 11 anos, a Direção-Geral de Saúde explica agora como irá decorrer o processo.
"Portugal iniciará a vacinação das crianças abaixo dos 12 anos no fim de semana de 18 e 19 de dezembro", anunciou o secretário de Estado Lacerda Sales, explicando que esta é "uma decisão que resulta da recomendação da DGS, ouvida a Comissão Técnica de Vacinação, e ponderadas as questões de natureza logística, nomeadamente a disponibilidade de vacinas".
"Começaremos, como habitualmente, pelas crianças mais velhas, de 11 e 10 anos, descendo progressivamente até aos cinco anos de idade", detalhou. Assim, a 18 e 19 de dezembro, "serão vacinadas as crianças de 11 e 10 anos, podendo também ser vacinadas algumas crianças de 9".
A 6, 7 e 8 e 9 de janeiro (quinta, sexta e sábado e domingo) serão vacinadas as crianças entre os 9 e os 7 anos.
A 15 e 16 de janeiro, as crianças entre os 6 e os 7 anos. A 22 e 23 de janeiro, as crianças de 5 anos. Entre 5 de fevereiro e 13 de março serão administradas as segundas doses para estas faixas etárias.
Em resposta aos jornalistas, a diretora-geral de Saúde, também presente na conferência, explicou que o intervalo entre as duas doses da vacina contra a Covid-19 será de seis a oito semanas para as crianças entre 5 e 11 anos e as recuperadas podem receber a primeira dose após 90 dias.
A partir de segunda-feira, dia 13, uma vez atualizada a norma, "estará aberto o auto-agendamento para que os pais possam inscrever os filhos para a vacinação".
As crianças com comorbidades, disse o governante, "serão prioritárias, independentemente da idade", bastando para isso que se dirijam aos centros de vacinação com prescrição médica.
Nos dias indicados, não haverá vacinação de adultos nos centros de vacinação, adiantou Lacerda Sales. O objetivo é "criar condições para que o processo decorra com tranquilidade".
"Temos um plano, temos logística , temos excelentes profissionais de saúde e confiança para o aplicar", assegurou o secretário de Estado Ajunto e da Saúde, acrescentando: "Temos também o mesmo objetivo quando, em dezembro do ano passado, vacinámos o primeiro profissional de saúde em Portugal: proteger os portugueses, protegendo os mais vulneráveis".
"Aqui chegados, sabemos que temos o dever de proteger as nossas crianças da doença e, também, dos efeitos nefastos que esta pandemia tem trazido para as suas vidas, que comprometem o seu bem-estar emocional e social, bem como as suas aprendizagens. Esse é o papel do Estado que estamos a cumprir, nunca nos demitimos de o fazer", defendeu.
Lacerda Sales afirmou compreender "as dúvidas dos pais, quando a ciência de discute no palco mediático" e anunciou que a DGS divulgaria ainda hoje mesmo o parecer da Comissão Técnica de Vacinação e os documentos de suporte. "Para que os pais das 600 mil crianças destas idades tenham acesso à informação com rigor, transparência e verdade", frisou.
Graça Freitas justificou depois que o parecer foi entretanto publicado na íntegra por haver uma "necessidade social". "Um pedido da sociedade que quer conhecer o parecer. havendo essa necessidade da sociedade querer conhecer os dados, não vejo nenhum motivo para que não os conheça", afirmou, sublinhando que o importante é concentrarmo-nos na vacinação das crianças e nos benefícios que esta tem.
"Sendo uma necessidade, sendo um documento de trabalho, não tendo qualquer informação sigilosa, está divulgado e disponível tal e qual como recebi", disse.
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