A Procuradoria-Geral da República garantiu esta quarta-feira que vai entregar o pedido de extradição de João Rendeiro para Portugal a tempo, apesar da falta de tradutores.
"O Ministério Público não deixará de formalizar o referido pedido de extradição no prazo legalmente previsto", lê-se numa nota de esclarecimento enviada às redações.
Em causa está uma notícia avançada esta quarta-feira pelo jornal Público, que avançava que o ex-banqueiro poderia vir a ser libertado antes de apresentado o pedido formal de extradição, que tem um limite de 40 dias, por dificuldades na tradução das decisões judiciais dos processos em que foi condenado.
"Pese embora o limitado quadro de tradutores ao serviço da Procuradoria-Geral da República, essa circunstância não constituirá impedimento a que, no respeito do prazo a que alude o art.º 16.º da Convenção Europeia de Extradição, seja realizada a respetiva tradução", esclarece ainda a PGR.
"Na verdade, se tal se revelar imprescindível poderá sempre recorrer-se a contratação externa para esse efeito."
Em causa está, recorde-se, o facto de existirem apenas dois tradutores para todos os processos do país e que "o rácio considerado adequado para a tradução deste tipo de documentos são dez páginas por dia, por tradutor", admitia a diretora do Departamento de Cooperação Judiciária e Relações Internacionais (DCJRI) da Procuradoria-Geral da República, Joana Gomes Ferreira, àquele jornal.
[Notícia atualizada às 11h05]
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