Ministério Público pede prisão preventiva para Manuel Pinho
Em causa está o perigo de fuga.
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País Manuel Pinto da Costa
Os procuradores do Ministério Público pediram a aplicação da medida de coação de prisão preventiva ao antigo ministro da Economia, Manuel Pinho, e retirada do passaporte à mulher, Alexandra Pinho.
A decisão final deverá ser anunciada ainda hoje pelo juiz Carlos Alexandre.
Na origem do pedido do Ministério Público estará a preocupação com o perigo de fuga, avança a SIC Notícias, uma vez que o casal viaja frequentemente e tem residência fixa em Espanha.
À chegada ao Campus de Justiça, a defesa do antigo ministro já tinha admitido estar preparado para o caso do pedido da aplicação da medida de coação mais gravosa.
"Uma das hipóteses em cima da mesa é a aplicação da medida de coação de prisão preventiva. Como é evidente, de uma forma responsável, tenho de estar preparado para todos os cenários possíveis", afirmou aos jornalistas Ricardo Sá Fernandes. "Espero que não aconteça."
O ex-governante, recorde-se, foi detido esta terça-feira quando compareceu no tribunal, no âmbito do caso EDP. Uma decisão que o advogado, Ricardo Sá Fernandes, considerou ser um caso de "abuso de poder" e de atropelo dos direitos humanos.
Manuel Pinho foi constituído arguido no âmbito do caso EDP no verão de 2017, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo. No processo EDP/CMEC, o Ministério Público imputa aos antigos administradores António Mexia e Manso Neto, em coautoria, quatro crimes de corrupção ativa e um crime de participação económica em negócio.
O caso está relacionado com os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) no qual Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção e participação económica em negócio para a manutenção do contrato das rendas excessivas, no qual, segundo o Ministério Público, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade.
O processo tem ainda como arguidos o administrador da REN e antigo consultor de Manuel Pinho João Conceição, o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade, Pedro Furtado, responsável de regulação na empresa gestora das redes energéticas e o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado.
[Notícia atualizada às 11h25]
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