A justiça sul-africana concorda com as autoridades portuguesas: João Rendeiro deve permanecer detido devido ao "enorme risco de fuga".
Isso mesmo terão dito os procuradores em tribunal, de acordo com a SIC Notícias.
O tribunal referiu também que foram encontrados três passaportes, muito dinheiro e vários cartões na posse do ex-banqueiro, o que leva a crer que tinha muita facilidade em obter passaportes de formas "muito questionáveis".
O ex-banqueiro permaneceu em silêncio, nesta primeira parte da audição, tendo sido o advogado a insistir que Rendeiro tinha apenas um passaporte e que o objetivo era viver e investir na África do Sul durante algum tempo.
A defesa acrescentou que era suposto que a mulher do antigo dono do BPP também fosse viver para aquele país, embora não tenha precisado quando.
O advogado referiu também que, antes de ter estado no Forest Manor Boutique Guest House, onde foi detido, João Rendeiro já teria tentado fazer um contrato de aluguer de uma residência num outro hotel de Durban, uma informação que é desmentida pelos procuradores.
O tribunal sublinha mesmo o facto de Rendeiro ter circulado por três diferentes regiões do país, pelo que considera haver um "enorme risco de fuga".
A defesa do antigo banqueiro João Rendeiro propôs hoje, em tribunal, dar uma caução de 40.000 rands (2.190 euros) ao defender o pedido de liberdade sob caução.
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