Especialista prevê "explosão de casos". "Mesmos erros do Natal passado"
André Peralta-Santos, antigo diretor dos serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde, alerta para que não sejam cometidos os “mesmos erros do Natal passado”.
© Getty Images
País Covid-19
Com o início da semana do Natal, surgem as preocupações em relação à propagação da Covid-19. André Peralta-Santos, antigo diretor dos serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde (DGS), publicou na sua página oficial do Twitter que são necessárias “mais medidas restritivas”, esclarecendo que esta “é uma decisão coletiva” que tem que ser tomada.
“No ano passado decidimos aliviar restrições no Natal e pagamos caro essa decisão com um janeiro de 2021 de má memória”, escreveu, na mesma rede social.
André Peralta-Santos sugere, ainda, numa reportagem do jornal Público, que Portugal atue de imediato com medidas mais restritivas como o encerramento de bares e discotecas ou a limitação de lotações de espaços públicos, esclarecendo que o país poderá deparar-se com um Janeiro “muito pior do que esperávamos há três semanas”.
Mais medidas restritivas é uma decisão coletiva que temos de tomar, faço o meu papel em explicitar as escolhas.
— Andre Peralta-Santos (@andre_peralta) December 19, 2021
No ano passado decidimos aliviar restrições no natal e pagamos caro essa decisão com um janeiro de 2021 de má memória.
A disseminação Ómicron é a causa desta preocupação que levou a que este domingo o médico e investigador referisse que “estamos a cometer os mesmos erros do Natal passado”, mencionando a atuação do Reino Unido e da Dinamarca, países que acredita estarem mais avançados do que Portugal em relação à propagação desta variante, como exemplos para as próximas medidas restritivas a aplicar.
André Peralta-Santos pensa que Portugal poderá ter uma “explosão de casos” muito provavelmente nesta semana, contudo afirma que “se tudo continuar igual, Portugal só fará um reforço de medidas não farmacológicas a 3 de Janeiro, duas semanas depois do Reino Unido e Dinamarca”.
Tudo isto, na sua opinião, poderá resultar em “níveis de doença na comunidade muito elevados e pressão muito elevada nos hospitais com degradação da qualidade e acesso a cuidados não covid”.
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