A variante Ómicron é já responsável por 46,9% dos casos de Covid-19 em Portugal tendo, desde dia 6 de dezembro, registado um "crescimento exponencial", segundo detalha o relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Nas semanas 47 e 48 (entre 22 de novembro e 5 de dezembro), registou-se uma frequência relativa de 99,8% e 98,4% para a variante Delta (B.1.617.2), respetivamente.
Já na semana 49 (6 a 12 de dezembro) e apesar destes dados ainda estarem em em apuramento, a variante Delta apresenta uma frequência relativa provisória de 97,5%.
No que à variante Ómicron (linhagem B.1.1.529) diz respeito, de 29 de novembro a 5 de dezembro esta só representava 1,6 dos casos passando para 2,5% de 6 a 12 de dezembro, verificando-se no fim de novembro e início de dezembro uma baixa circulação. O crescimento exponencial começa a partir de dia 6 de dezembro, detalha o relatório.
"Com base na estratégia de monitorização em tempo real da 'falha' na deteção do gene S", o INSA estima que os casos da variante Ómicron se aproximem dos 50%.
"O recurso a este critério tem permitido identificar, desde o dia 6 de dezembro, um crescimento exponencial na proporção de casos prováveis, tendo atingido uma proporção estimada de 46,9% no dia 20 de dezembro", aponta o relatório.
"Os dados obtidos desde o dia 15 de dezembro consolidam a perspetiva de que a variante Ómicron será dominante (>50%) em Portugal na presente semana (20 a 26 de dezembro)", alerta ainda o INSA indicando um "paralelismo com o cenário observado em outros países como, por exemplo, a Dinamarca e o Reino Unido".
De acordo com o documento, até à data, foram analisadas 23.663 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 303 concelhos de Portugal.
[Notícia atualizada às 13h30]
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