Henrique Gouveia e Melo vai ser o próximo Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), avançou, esta quarta-feira, a TSF. A tomada de posse do vice-almirante deverá ocorrer já na quinta-feira, dia 23 de dezembro, ao final da tarde.
Para hoje está marcada uma reunião do Conselho do Almirantado, que terá de se pronunciar sobre a nomeação do novo CEMA. Depois, será ouvido o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e, posteriormente, o Governo pedirá a exoneração do Almirante Mendes Calado a Marcelo Rebelo de Sousa e a nomeação de Gouveia e Melo.
Quando questionado sobre este tema, esta manhã, na antena da RTP3, Tiago Antunes, secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, respondeu que "essas matérias são tratadas nas instâncias próprias, têm os seus trâmites, os seus procedimentos". "Neste momento não tenho nada para lhe dizer", frisou.
Recorde-se que o anterior coordenador da Task Force de vacinação contra a Covid-19 foi eleito personalidade do ano pela Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal (AIEP).
"O sucesso da estratégia de vacinação de Portugal foi notícia em todo o mundo. Os nossos correspondentes dedicaram muitas reportagens ao tema, que suscitou enorme interesse no exterior. Por isso, a escolha do vice-almirante Gouveia e Melo não demorou a conquistar o apoio da maioria dos profissionais", explicou a jornalista Giuliana Miranda, presidente da AIEP, citada no comunicado.
Belém? "O futuro a Deus pertence"
Após ter sempre afastado a ideia de perseguir uma carreira na política, no passado dia 15 de dezembro o vice-almirante Gouveia e Melo demonstrou que, afinal, essa porta não está tão fechada assim.
À pergunta 'Já pensou em ter a coragem se se candidatar à Presidência da República nas próximas eleições?', colocada numa tertúlia do Diário de Notícias, Gouveia e Melo respondeu: "Têm-me aconselhado a dizer que dessa água não beberei, que é uma frase muito forte que não se deve dizer nunca. Tenho uma carreira militar que pretendo continuar. O futuro só a Deus pertence".
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