Câmara de Serpa contesta fecho de urgências do hospital
A Câmara de Serpa (CDU) contestou hoje a decisão de fechar as urgências do hospital local durante a madrugada, a partir de sábado, por falta de médicos, voltando a defender a integração da unidade no Serviço Nacional de Saúde.
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País Saúde
Em comunicado, o município, do distrito de Beja, refere que a Santa Casa da Misericórdia de Serpa, que gere a unidade hospitalar, informou a autarquia de que, a partir do dia 01 de janeiro de 2022, não será assegurada a abertura da Urgência do Hospital de São Paulo, entre as 00:00 e as 08:00 horas, "por falta de pessoal médico que assegure os turnos".
"Trata-se de um problema recorrente, registado por diversas vezes nos últimos anos, e que, mais uma vez, dá razão à posição defendida pela Câmara Municipal de Serpa: é necessário e urgente o retorno e integração do Hospital de São Paulo no Serviço Nacional de Saúde", frisa o município.
Segundo a autarquia, "só um serviço de saúde público, universal, geral e gratuito poderá garantir" o direito da população à saúde, "constitucionalmente consagrado" e que "não pode estar dependente de opções gestionárias ou de resultados económicos".
O município lembra que o Ministério da Saúde e a Santa Casa da Misericórdia de Serpa assinaram, em 2014, um acordo de cooperação para transferência do Hospital de São Paulo para esta entidade.
O acordo foi assinado "sem acautelar o serviço público, as necessidades dos utentes, à revelia de todos os pareceres e tomadas de posição manifestadas e não garantindo serviços de saúde básicos e necessários às populações", criticou o município.
A Lusa tentou hoje, sem sucesso, contactar o provedor da Misericórdia de Serpa, António Sargento, para obter esclarecimentos sobre o fecho das urgências.
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