"Escolas devem abrir no dia 10" e com novas "regras de quarentena"
No espaço habitual de comentário na SIC Notícias, Francisco Louçã sublinhou que, além de já começarem a estar vacinadas, as crianças "não são uma população em perigo" e, por isso, não faz sentido estar sucessivamente a "interromper os percursos escolares".
© Global Imagens
País Francisco Louçã
Francisco Louçã defende que, apesar da ameaça da Ómicron, as aulas devem arrancar no próximo dia 10 de janeiro, como previsto, mas com regras de quarentena mais claras e que tenham em conta que "as crianças não são uma população em perigo" com esta variante.
"As escolas devem abrir no dia 10 com regras de quarentena que tenham em conta que as crianças não são uma população em perigo", afirmou, no espaço habitual de comentário na SIC Notícias.
Para o antigo coordenador do Bloco de Esquerda, essas regras também devem considerar que grande parte das crianças "começarão a estar vacinadas", e por isso "interromper os percursos escolares por sucessivos incidentes numa turma ou numa escola deve ser evitado de todo", defendeu.
Numa análise ao que tem sido dito nos últimos dias sobre esta nova fase da pandemia, o comentador afirmou que "não há nenhuma dúvida" que que a nova variante do vírus é mais contagiosa e que "há muito mais casos, ainda que sejam "casos menos graves".
"Parece fortemente confirmado que é menos letal", apontou, embora tenha sublinhado que Portugal poderá chegar aos 50 mil casos diários "nos próximos dias".
"Assim sendo, justifica-se olhar para este percurso com muito cuidado", referiu. "Primeiro, não há nenhuma dúvida de que já não está a ser possível fazer o rastreamento das pessoas infetadas."
Segundo Louçã, o número de casos diários "já é tão grande que tem sentido alterar as regras de rastreamento" e é imperativo definir "prioridades". Na sua opinião, faz sentido reduzir o número de dias de quarentena "em função do que hoje já se sabe sobre o prazo de perigosidade da contaminação por Ómicron", "alterar as regras de rastreamento" e também "melhorar o acesso às urgências para melhorar o atendimento nos hospitais".
Por outro lado, acrescentou, em "janeiro, fevereiro ou março" será uma altura em que se poderá ter mais "certezas" e "respostas" a algumas questões que ainda não estão respondidas hoje sobre esta variante.
Teremos passado, nessa altura, à fase da endemia? "Provavelmente caminharemos nesse sentido", previu.
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